Impacto das ondas de calor sobre a produção de leite e respostas termorregulatórias de vacas Holandesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Manica, Emanuel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-31012023-150237/
Resumo: Estudar os eventos climáticos aplicados e seu comportamento ao longo dos anos é um grande desafio científico. As mudanças nos padrões das variáveis climáticas estão modificando a frequência, intensidade e duração das ondas de calor, prejudicando a saúde, bem-estar e produtividade de bovinos leiteiros. Este estudo teve como objetivo (i) avaliar a mudança na temperatura do ar e os impactos de diferentes ondas de calor nas respostas fisiológicas e produtivas de vacas Holandesas, e (ii) avaliar o efeito de ondas de calor longas e consecutivas sobre as respostas de frequência respiratória (FR), temperatura retal (TR), temperatura de superfície de pele (TSP) e produção de leite (PL). As ondas de calor foram determinadas usando seis Índices de Mudança Climática para temperatura mínima (Tmin) e temperatura máxima (Tmax) do ar da série 1981 a 2021 do modelo NASA POWER. Dados individuais de FR, TR, TSP e PL foram obtidos de 66 vacas Holandesas em lactação e 70 dias de coleta. Todos os Índices de Mudança Climática apresentaram tendência positiva e significativa (p < 0,01) de aumento. Acentuado aumento no número de noites quentes (> 20 °C) e de dias quentes (> 35 °C) foram maiores a partir de 2010, em relação aos anos 1981 a 2010. Também, o número de dias em ondas de calor anual aumentou 127% na década de 2010. Durante as ondas de calor, a FR aumentou (p < 0,05) até o quarto dia, enquanto a TR foi maior (p < 0,05) a partir do quinto dia até o final da onda de calor. A queda da PL foi significativamente maior a partir do quarto ou quinto dia nas ondas de calor. Ondas de calor curtas (< 5 dias) não foram suficientes para causar quedas significativas na PL. O maior tempo de exposição ao calor causou também maior variabilidade da FR, TR e TSP das vacas. Ondas de calor consecutivas e longas causaram queda na PL de 20%, sem recuperação após o final das ondas de calor. Por fim, o método de avaliação baseado em índices foi eficiente para demonstrar os efeitos negativos nos parâmetros fisiológicos e na produção de leite e pode ser indicado para avaliar o estresse térmico em vacas em lactação de ambientes tropicais e subtropicais.