Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Juliana Trench Ciampone de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-20122007-094050/
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Resumo: |
Dentre os tratamentos possíveis para feridas, um deles, ainda pouco discutido e divulgado, é o uso terapêutico do ozônio. A finalidade desta revisão foi verificar se há benefícios neste uso em feridas. Os objetivos foram: buscar evidências científicas sobre estes benefícios por meio da revisão sistemática da literatura científica; realizar levantamento bibliográfico de estudos primários sobre a temática; analisar a qualidade metodológica destes estudos e discutir sobre as evidências de seus resultados. A metodologia utilizada foi a revisão sistemática da literatura científica, de acordo com o preconizado pelo Centro Cochrane do Brasil. Foram selecionadas oito bases de dados eletrônicas que disponibilizam publicações de pesquisas na área da saúde (CINAHAL, COCHRANE, EMBASE, LILACS, MEDLINE, OVID, PubMed, USP/Sibi/DEDALUS). Além destas bases, um estudo foi encontrado em um livro alemão específico sobre a temática. A busca foi feita de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde baseado no MESH (Medical Subject Headings of U.S. National Library of Medicine). Foram encontrados 1637 estudos, sendo 55 pré-selecionados, e apenas 23 incluídos para a revisão. Dentre os principais resultados destacam-se: 52,2% dos estudos incluídos foram ensaios clínicos não controlados, 21,7% ensaios clínicos randomizados controlados abertos, 17,4% ensaios clínicos não randomizados controlados e 8,7% relatos de casos. A maioria dos estudos considerou como desfecho a cicatrização total da ferida ou a estimulação do processo de cicatrização, seguidos da melhora do aspecto da ferida, diminuição da dor/sintomas, melhora dos exames laboratoriais e, um deles relatou diminuição de odor da ferida. Foi analisado o quanto cada estudo controlou ou não variáveis intrínsecas e extrínsecas e quem foram os sujeitos de pesquisa em cada um deles. Analisou-se, ainda, se houve estratificação de variáveis entre os grupos controle e experimental nos estudos controlados e aplicou-se a Escala adaptada de Jadad para verificar a validade interna dos estudos randomizados, cujas pontuações obtidas foram inferiores ao mínimo estabelecido para um estudo de alta qualidade. Como conclusão, ao considerar apenas como estudos de qualidade aqueles randomizados, é possível reconhecer evidência forte do benefício do uso do ozônio, o que confirma a hipótese desta revisão. Mas, a partir da análise de sua validade interna, controle de variáveis interferentes e quantidade e tipo de população, os estudos apresentam problemas de condução e não é possível esse mesmo reconhecimento. Não é desprezível, porém, o fato de que todos os estudos obtiveram resultados favoráveis com o uso de ozônio, o que enseja a recomendação de viabilidade de realização de mais estudos, do tipo ensaios clínicos controlados e bem conduzidos, com estratificação de variáveis intrínsecas e extrínsecas e, principalmente, que utilizem como única intervenção o próprio ozônio, sem associar qualquer tipo de método que interfira no processo de cicatrização. Finalmente, considerando todos os aspectos discutidos e a realidade brasileira, o ozônio, poderia ser uma importante opção de tratamento para feridas e trazer diversos benefícios aos seus portadores, caso isso fosse provado por estudos bem delineados e de qualidade |