As infâncias de Coetzee e Graciliano: um estudo comparado dos romances autobiográficos Boyhood e Infância sob a perspectiva do Bildungsroman

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Wesley Moreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-02032020-171842/
Resumo: O presente trabalho propõe um estudo comparado entre Infância, de Graciliano Ramos, e Boyhood, de J. M Coetzee, duas obras que utilizam a infância como recorte temporal narrativo. Além de identificar como os escritores brasileiro e sul-africano trouxeram novas abordagens para o gênero autobiográfico, baseada em conceitos como o pacto autobiográfico, de Philippe Lejeune, esta dissertação visa a uma análise de ambos os livros sob a perspectiva do Bildungsroman. A aproximação de Infância e Boyhood com o Bildungsroman, gênero literário surgido na Alemanha do final do século XVIII e que tem como paradigma Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister, de J. W. Goethe, ocorrerá através da observação da trajetória dos protagonistas, que compreende desde o relacionamento que os protagonistas possuem com a família e o ambiente escolar até as percepções de si próprios (inclusive o despertar artístico para a leitura e a escrita) e os problemas sociais à sua volta. Situações que, se não fazem parte de um projeto teleológico consciente por parte dos imaturos protagonistas, a exemplo de Wilhelm Meister no romance alemão, proporcionam à dupla de garotos uma formação pródiga em aprendizagem, base de um amadurecimento em devir.