Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Raposo, Fernanda Capri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-05072023-183957/
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Resumo: |
A historiografia sobre o Holocausto tem revelado, cada vez mais, que milhares de crianças judias foram separadas de suas famílias em consequência do Plano de Extermínio perpetrado pela Alemanha nazista e países colaboracionistas. A partir da implantação violenta de uma política de segregação, essas crianças foram tratadas como \"seres inferiores\" por sua raça, sem direito à vida. Como tais foram perseguidas, confinadas e torturadas em guetos, campos de trabalho e de extermínio, assim como os seus familiares. Apesar do amplo universo de publicações, raras são as pesquisas que têm se dedicado a reconstituir a trajetória dessas crianças e, em especial, aquelas que vieram para o Brasil. Suas vivências foram abaladas e, até mesmo, interrompidas pelas ações genocidas decorrentes da política antissemita adotada após a ascensão do Partido Nacional-Socialista e de Adolf Hitler ao poder em 1933 na Alemanha. A reconstituição da história dessas crianças depende, na maioria dos casos, do registro dos seus testemunhos que transformados em documentos/monumentos possibilitam a reflexão sobre as relações entre história e memória, o \"eu\" e o \"nós\". Essas narrativas podem nos ajudar a entender este fenômeno considerado por muitos sobreviventes e estudiosos do Holocausto como uma \"barbárie indizível\". Para o presente trabalho, selecionamos um conjunto de testemunhos de crianças que, radicadas no Brasil em companhia ou não de seus familiares, colocam-nos diante dos seus mundos, seus traumas, dores e alegrias. Para o registro sistemático dessas narrativas utilizamos o recurso da História Oral, compartilhado do acervo de entrevistas disponibilizado pelo Núcleo de Estudos Arqshoah/LEER-USP e outras instituições estrangeiras. |