Avaliação da variabilidade espacial em plantações de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dias, Rafael Donizetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-09092021-161150/
Resumo: A Agricultura de Precisão (AP) no setor florestal vem sendo impulsionada pelo avanço na mecanização, automação e desenvolvimento de tecnologias de coleta e processamento de dados. Uma das abordagens é a identificação da presença de variabilidade espacial nas áreas a partir de dados da cultura, georreferenciados e em alta resolução e então relaciona-los com os fatores de produção, especialmente do solo. Como em outras culturas, a produtividade espacializada é um dado importante no diagnóstico de causa e efeito. Porém, sistemas capazes de mapear as árvores colhidas por colhedoras florestais, possibilitando a geração do mapa de produtividade de madeira, ainda é uma demanda. Este trabalho tem como objetivo descrever a obtenção de dados georreferenciados a partir de uma colhedora florestal e gerar o mapa de produtividade para avaliar a variabilidade espacial de plantações de eucalipto. O estudo foi realizado em três áreas de produção localizadas no estado de SP-Brasil e possuem em média 15 hectares cada. Foi utilizado um cabeçote processado de árvores Ponsse modelo H77euca montado sobre uma escavadora Komatsu modelo PC200. A máquina foi equipada com um sistema de controle Ponsse Opti4G 4.715, responsável por coletar os dados de volume de madeira de cada árvore, georreferencidados por um receptor GNSS (Global Navigation Satellite System) código C/A (corse aquisition) portadora L1, sem correção diferencial. Na colheita da primeira área experimental, o receptor GNSS foi alocado acima da cabine da máquina, já na segunda e terceira área o receptor foi instalado a 0,25 m do centro do cabeçote descascador a fim de melhorar a acurácia do georreferenciamento. Os dados de produtividade foram extraídos da máquina no formato Standard for Forest machine Data and Communication (StanForD) e foram decodificados para um formato compatível com um Sistema de Informação Geográfica (SIG). Numa mesma grade amostral também foram coletados dados de inventário florestal e de atibutos fisicos e químicos do solo, por amostragem. Todos os dados foram submetidos à análise estatística descritiva, análise geoestatística e especificamente para os dados de produtividade de madeira, foi definida a melhor resolução espacial para a confecção de mapas. Paralelamente foram cubadas 119 árvores a fim de avaliar a acurácia dos dados de produtividade. Por fim, todo o conjunto de dados serviu para a análise visando avaliar a existência de possiveis relações entre causas e o efeito da variabilidade espacial da produtividade de madeira. A partir dos mapas de produtividade gerados com resolução de 3m e exclusão de dados extremos com base nos valores observados de cubagem de árvore e inventário forestal, pode-se identificar áreas de transição de produtividade. Também foi observado que a acurácia média dos dados de produtividade da colhedora variou entre 11,4% a 13,5% para diâmetro médio, 3,0% a 4,1% para comprimento e de 20,6% a 22,7% para volume por tora. A variabilidade produtiva da área 2, com o maior conjunto de dados, apresentou coeficiente de variação de produtividade (m3ha-1) de 31,1%. Está correlacionada aos atributos volume por árvore, diâmetro na altura do peito e diâmetro médio do inventário florestal e alguns atributos fisico-químicos do solo, com corelação superior a 0,5 para Ca, argila, areia total, altimetria e soma de bases.