Processo para especificação de requisitos de software com foco de aplicação em trabalho cooperativo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gava, Vagner Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-12082010-123943/
Resumo: O trabalho dos usuários em sistemas de informação é uma atividade social que envolve grupos de pessoas que cooperam entre si para desempenhar as mais variadas funções. A natureza da cooperação, por si só é complexa e depende dos indivíduos envolvidos, do ambiente físico e da organização onde o trabalho se desenvolve. Os aspectos ligados ao trabalho cooperativo dos usuários não são considerados no enfoque tradicional da engenharia de software, uma vez que o usuário é visto de modo independente do meio ou grupo em que está inserido, com o modelo individual generalizado para o estudo do comportamento coletivo envolvendo todos os usuários. O objetivo deste trabalho é propor um processo de requisitos de software para tratar as questões envolvendo o trabalho cooperativo em sistemas de informação que apresentem coordenação distribuída nas ações dos usuários e a comunicação entre eles ocorre, preponderantemente, de modo indireto por meio dos dados inseridos no uso do software. Para tanto, a pesquisa faz uso de conceitos da ergonomia, da cognição e da engenharia de software. Utiliza-se a pesquisa-ação como metodologia de pesquisa em três ciclos, aplicada durante o desenvolvimento de um sistema de workflow corporativo em uma empresa de pesquisa tecnológica. No primeiro ciclo, o processo trata da definição dos requisitos do domínio do problema e das contribuições individuais dos usuários. No segundo ciclo, as contribuições do grupo (suas ações e inter-relações) são consideradas com as contribuições individuais pela simulação da solução proposta. No terceiro ciclo, o processo trata do refinamento dos requisitos do trabalho cooperativo, com o software em uso real no ambiente de trabalho. Os resultados obtidos no final do ciclo 2 e início do ciclo 3 durante a aplicação do processo em campo, mostraram a necessidade de melhoria do processo. Esta evolução é necessária, visto que a inclusão do sistema informatizado altera o ambiente de trabalho dos usuários, passando da interação face a face para a interação mediada pelo software. Os resultados obtidos evidenciaram que o maior grau de consciência dos usuários sobre como os inter-relacionamentos de suas atividades são realizados contribuem para um decréscimo em seus erros individuais, diminuindo o retrabalho de recodificação do software e acima de tudo o uso inadequado do sistema, evitando a propagação das consequências desses erros nos resultados finais do trabalho em grupo.