Quitungo, mídia e cidadania: a política de \"mídia e educação\" da prefeitura do Rio de Janeiro em uma perspectiva discursiva e comunitária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Maranhão, Carlos André Cantisani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-31052007-142046/
Resumo: Este trabalho visa analisar o discurso da política de \"Mídia e Educação\" da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME-RJ) através do texto de documentos diversos e do confronto deles com a prática pedagógica. Visualiza-se, com isso, a possibilidade de educação para a \"cidadania plena\" a partir das interações sociais com a mídia, já que esse conceito de cidadania está presente em artigos, editoriais e na proposta curricular \"Multieducação\" que norteia o trabalho docente nas escolas e as ações políticas e pedagógicas da prefeitura. Num primeiro momento, é apresentado um estudo mais abrangente sobre a literatura do campo da comunicação educativa ou mídia educação. Em um segundo momento, faz-se uma análise enunciativa dos documentos oficiais da SME-RJ com o intuito de identificar a concepção política e pedagógica vigente por meio das principais formações discursivas e do léxico utilizado, com destaque para o conceito de \"cidadania plena\". Assumindo que a \"plenitude\" da cidadania demanda níveis mais amplos de participação social para deliberação e mobilização política, desenvolveu-se a pesquisa de campo em uma abordagem etnográfica para descrever as interações sociais e o processo de aprendizagem das etapas de formação de professores e apropriação tecnológica em linguagem audiovisual (cinema de animação) do projeto Anima Escola, de parceria entre a prefeitura e o grupo cultural Anima Mundi. O referencial teórico se baseou na filosofia e sociologia da ação comunicativa de Habermas, na pedagogia dialógica de Paulo Freire e na contribuição de Muniz Sodré, Jailson de Souza e Silva, Cicilia Peruzzo, Ismar Soares, entre outros. Constata-se que a política de \"mídia e educação\" demanda por interações sociais mais participativas que permitam a problematização discursiva do mundo social. Uma alternativa é pensar e promover a educação escolar por meio de comunidades políticas de comunicação que permitam a interação com o mercado e com o Estado e, principalmente, com as organizações populares e comunicações comunitárias existentes.