Perfil de expressão de fatores de imunidade inata na síndrome de Sézary e na eritrodermia idiopática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Queiróz, Amadeu José Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-13112024-132543/
Resumo: INTRODUÇÃO: A imunidade inata é um mecanismo de defesa que atuam contra os patógenos. As barreiras epiteliais, incluindo os queratinócitos, atuam no reconhecimento de microrganismos por receptores do tipo toll (TLR), induzindo a secreção de citocinas e de peptídeos antimicrobianos. A eritrodermia é caracterizada por acometimento de mais de 80% do tegumento por manchas eritematosas e escamas. A não identificação nosológica para eritrodermia, após vasta investigação, caracteriza a eritrodermia idiopática (EI). A síndrome de Sézary (SS) é um linfoma cutâneo de células T (LCCT) com envolvimento sistêmico leucêmico, é uma neoplasia rara e de alta mortalidade, principalmente devido às infecções. Contudo, há escassas investigações sobre a imunidade inata, sobretudo TLR na SS e EI. OBJETIVOS: Analisar a expressão de TLR2, TLR4, TLR5, TLR9 e peptídeos antimicrobianos em amostras de pele de portadores de SS e EI. MÉTODOS: As amostras são compostas de fragmentos de pele de portadores de SS (n=07) e de portadores de EI (n=09) em acompanhamento no ambulatório de Linfomas Cutâneos da Divisão de Clínica Dermatológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que foram investigados e completamente estadiados; e de amostras de pele do acervo do Laboratório de Investigação Médica em Dermatologia e Imunodeficiência (LIM) - 56 sem evidência de doenças representando o grupo doador saudável (DS) (n=18). A expressão proteica de TLR2, TLR4, TLR5, TLR9, catelecidinas e beta-defensinas foi avaliada pela técnica de imuno-histoquímica. RESULTADOS: A análise da expressão de TLR mostrou distúrbios de imunidade inata em ambos os grupos, contudo o grupo EI foi mais responsivo a estímulos, o que foi mais atenuado no grupo SS. A expressão mostrou-se mais intensa no grupo EI em relação ao grupo DS. Já o grupo SS não mostrou aumento de expressão de TLR mostrando inapropriada responsividade à eritrodermia e insultos gerados por microrganismos. A exceção ocorre na análise de TLR9, onde observa-se aumento de expressão tanto em grupo SS como em grupo EI comparado ao grupo DS, refletindo em tentativa de ativação de vias de interferon (INF) tipo I. A expressão de beta-defensina, em epiderme, mostra aumento de expressão em ambos os grupos, SS e EI, sugerindo ação antimicrobiana mantida em ambos os grupos. CONCLUSÃO: A inadequada ativação e expressão de TLR no grupo SS podem contribuir a maior suscetibilidade à infecções bacterianas e embasar a maior mortalidade de pessoas portadoras de SS. Os dados, de maneira pioneira, salientam diferencial e ativa habilidade de resposta dos TLR na EI. Ademais, é relevante ampliar avaliações relacionadas aos mecanismos de sinalização intracelular no processo de reconhecimento de imunidade inata na SS e na EI