Modelagem geológica e avaliação dos recursos minerais de ouro do sistema União do Norte, Proví­ncia Aurí­fera de Alta Floresta (MT)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Tais Celestino dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44137/tde-08032019-112324/
Resumo: A Província Aurífera de Alta Floresta (PAAF), localizada na região centro-sul do Cráton Amazônico, porção norte do estado do Mato Grosso e sudoeste do Pará, aloja uma grande quantidade de depósitos auríferos hospedados por rochas plutônicas e vulcânicas de composição granítica no seu setor leste ao longo do lineamento Peru-Trairão de direção NW-SE. Neste contexto, insere-se a região Distrito União do Norte, onde se encontram os depósitos Luiz e Morro do Carrapato. Estes depósitos se caracterizam pelo forte controle estrutural (filonares) com mineralizações de baixo teor de ouro (<5 t) confinados a veios de quartzo. A mineralização está associada a metais de base (Zn+Pb±Cu) e alojada em rochas granodioríticas. O principal objetivo desse projeto é obter uma descrição quantitativa e qualitativa da variabilidade espacial da geologia correlacionada aos teores de Au, Cu, Pb e Zn nos Depósitos Luiz e Morro do Carrapato. Para isso, elaborou-se o modelo geológico da região, seguido do estudo estatístico e geoestatístico, juntamente com a geração dos modelos de teores dos elementos de interesse. Por fim, correlacionou-se a litologia e os teores dentro de modelos de fusão. O modelo geológico foi elaborado a partir da interpretação do banco de dados disponibilizado e permitiu a visualização da distribuição dos litotipos descritos e de suas relações de contato, além de refletir o forte condicionamento estrutural dos litotipos, de acordo com a anisotropia global 180/85. Na análise estatística univariada, pode-se constatar para os teores de Au, Zn, Pb e Cu distribuições lognormais, com fortes assimetrias positivas, refletindo a acumulação anômala desses elementos. A análise estatística bivariada, condicionada aos litotipo relacionados à mineralização (veios de quartzo, zonas silicificadas e granodiorito sericítico), refletiu a associação da mineralização de ouro com os sulfetos pirita, esfarelita, galena e calcopirita, como esperado para os depósitos estudados. O cálculo de variogramas experimentais na direção de maior continuidade não foi possível devido à amostragem das sondagens dispostas em X. Desta forma, os recursos minerais foram avaliados e modelados com base nas equações multiquádricas. Os modelos de fusão foram gerados a partir do modelo geológico combinado com o modelo de teores. Com base nesses modelos, foi possível afirmar que os maiores teores (> 2ppm) de Au, referentes à principal mineralização, estão localizados nas mesmas regiões das maiores anomalias de Zn, Pb e Cu, confirmando-se o condicionamento estrutural e a associação espacial entre a mineralização e os veios de quartzo, zonas e silicificação e o granodiorito sericítico. Com a visão geral dos modelos, ficou evidente que a região leste da área hospeda teores maiores de ouro e metais de base comparados com a região oeste. Mediante o exposto, o modelo geológico e os modelos de fusão gerados para a área de estudo podem ser considerados eficazes no seu objetivo em representar a realidade do depósito, fazendo o melhor uso dos dados disponíveis. Palavras chaves: Modelagem geológica, modelagem de fusão, estatística e geoestatística.