A construção de identidade do aluno disléxico no ambiente de ensino e aprendizagem de língua inglesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Claudia Lupoli de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-12062017-113423/
Resumo: A dislexia é um transtorno genético, hereditário e de origem neurobiológica que compromete a capacidade de escrita e de leitura em graus que variam de indivíduo para indivíduo. As dificuldades iniciam-se já no período de alfabetização e acompanham o disléxico por toda a sua vida, uma vez que há tratamento, mas não cura. Entre os vários sintomas, está a dificuldade em aprender uma segunda língua. Tendo em vista que a língua inglesa é uma exigência escolar e, muito frequentemente, profissional, há uma grande necessidade de compreensão das questões que envolvem a aprendizagem do idioma e o portador de dislexia. Este trabalho trata da construção de identidade - como imagem de si - do aluno disléxico no ambiente de ensino e aprendizagem da língua inglesa; trata de como suas dificuldades, a postura das instituições de ensino, educadores e família agem e influenciam a maneira como ele se enxerga e age nesse contexto. Este estudo é realizado por meio de entrevistas semiestruturadas cujas análises foram feitas tendo como base a semiótica francesa. A entrevista cobre a vida escolar regular assim como a experiência do disléxico com a língua inglesa, pois o interesse deste trabalho é ter uma visão ampla da trajetória desse sujeito e não somente um recorte de um momento de sua vida. Os resultados revelam que o diagnóstico, acompanhado de uma aceitação interna do mesmo, a dinâmica de relacionamento do disléxico com a escola e os professores e o apoio familiar são fatores que ajudam a moldar como o disléxico vê a si mesmo e como enfrenta suas dificuldades com a língua inglesa. O texto é dividido em seis capítulos, introdução e conclusão. A introdução busca dar uma visão do caminho percorrido no entendimento da dislexia, desde a era vitoriana até os dias atuais. O capítulo um discorre rapidamente sobre a metodologia. O capítulo dois analisa as entrevistas de modo descomplicado, tendo como objetivo manter uma linguagem clara e acessível a todos os leitores. O capítulo três trata da semiótica das paixões e as relações entre as modalidades e as modalizações. O capítulo quatro traz algumas considerações sobre como auxiliar o disléxico em sala de aula de ensino de língua inglesa. O capítulo cinco focaliza nos estereótipos e, finalmente, o capítulo seis, que analisa o percurso do reconhecimento de si do disléxico baseado na obra de Paul Ricoeur.