Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Janaína Dantas Germano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2140/tde-19012023-190700/
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Resumo: |
A presente pesquisa, desenvolvida no doutorado na linha de Direitos Humanos na Universidade de São Paulo, tem por objetivo explorar a noção de cuidado no contexto da atuação das psicólogas e assistentes sociais que atuam nos chamados setores técnicos das Varas de Infância e Juventude (VIJ) nas ações de Destituição do Poder Familiar (DPF). A aposta analítica deste trabalho é, em suma, a de que observar as dinâmicas de trabalho dessas profissionais com os processos de DPF, desde as lentes teóricas do que se tem produzido sobre o cuidado, permitirá ver novas camadas do que está em jogo em tais processos, resumida pelas interlocutoras muitas vezes com a interrogação acerca de quem elas estariam realmente cuidando no contexto destas atuações judiciais. Em especial, explora-se o cuidado e seus circuitos, obrigação, ajuda e profissão, que podem ser vistos a partir dos casos analisados. O percurso da pesquisa permitiu ver a centralidade da questão de gênero que atravessa as ações de DPF assim como nas relações de cuidado. O exercício do cuidado pelas mulheres em relação às crianças que são destituídas, e pelas profissionais cujo trabalho é determinar a qualidade do cuidado ofertado encontram-se em uma encruzilhada do cuidado em julgamento. O (des)cuidado das políticas públicas com as famílias, as hierarquias e tensões que atravessam o cotidiano de trabalho são explorados, assim como as (des)continuidades das políticas de cuidados com as mulheres muitas vezes pautadas pela intervenção nas capacidades reprodutivas em nome, e sob o nome, de um certo tipo de cuidado para com mulheres e crianças. A partir deste percurso de pesquisa, conclui-se pela necessidade de avançar na questão do cuidado no que toca às transformações das instituições e processos sociais, para que se centrem nas pessoas e suas necessidades, democratizando-se as instituições e a própria noção de cuidado. |