\"Museu: de espelho do mundo a espaço relacional\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lara Filho, Durval de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-30112006-105557/
Resumo: As coleções precedem o gabinete de curiosidades e o museu e remete a motivações diferentes que revelam aspectos da matriz cultural de cada época. De modo análogo, as formas de organização dos objetos, livros e obras de arte seguem as referências de seu tempo sendo sensíveis às mudanças. Neste trabalho, procuramos mostrar como se dá esta relação em determinados momentos, escolhidos por suas características de ruptura e transformação. Enquanto nas \'bibliotecas\' (ou bibliografias) e nos Gabinetes de Curiosidades do Renascimento a ordem se ligava à analogia e à semelhança por parentesco (divinatio), com Descartes a semelhança passa a ser feita pela comparação, obtida pela medida. Tais mudanças se refletem tanto nas formas de arranjo e classificação dos objetos, como na própria vida dos museus, que passam a organizar suas coleções a partir de critérios artificiais e abstratos. Com o Modernismo europeu, na passagem do séc. XIX para o séc. XX, a introdução de novas tecnologias acaba por provocar novas mudanças que são sentidas até os nossos dias com a comunicação digital. Grande parte dos problemas desse museu pode ser creditado ao fato de que estabeleceu a coleção como foco de sua atuação e com isto suas atividades operacionais passaram a predominar sobre seus propósitos ou papel social. O museu do século XXI, no entanto, deverá alterar esse procedimento de modo a contemplar as relações entre as pessoas e o museu, bem como com a coleção e a obra. Só assim o museu passará a ser um espaço de experiência ou um espaço-relacional.