Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Ana Carolina Zuanazzi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-23022016-103518/
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Resumo: |
Ao longo da formação em psicologia, o estudante realiza atendimentos clínicos com o objetivo de construir sua identidade de terapeuta e utilizar, na prática, as teorias e técnicas que aprendeu. Na literatura brasileira são poucos os estudos que abordam essa etapa da formação quando se refere ao atendimento familiar. Através da análise e interpretação de material clínico oriundo de quatro casos atendidos por estudantes em um serviço-escola, esta pesquisa, de natureza clínico-qualitativa, teve como objetivo investigar, sob o referencial teórico da psicanálise familiar, as várias dimensões desse processo terapêutico na interface com a formação clínica do aluno. Os estudantes apresentaram dificuldades em identificar e manejar a transferência e contratransferência, atuando em papéis diversos que não o que lhes cabia enquanto terapeutas. Sensações corporais e sentimentos negativos como raiva e desapontamento foram registrados por parte dos terapeuta-estagiários ao longo dos atendimentos. O manejo adequado e a possibilidade de fazer interpretações e apontamentos mais precisos, favoreceu, em alguns casos, a transição de uma queixa depositada em um membro (paciente identificado) para uma demanda que envolvia o grupo. A supervisão, o procedimento de registro de sessão e materiais artísticoexpressivos auxiliaram os alunos na construção da identidade de terapeuta. A análise do material coletado permitiu constatar que, ao longo do(s) processo(s) psicoterápico(s) muitos deles foram se posicionando de forma mais segura, podendo fazer apontamentos ao mesmo tempo em que já não atuavam tanto em sessão, assegurando-se de suas funções. O atendimento familiar, por um lado, mobilizou alguns terapeutas no sentido de dificultar a construção e assunção desse papel. Por outro lado, foi notável o crescimento e desenvolvimento de diversas habilidades importantes no processo terapêutico. Outros aspectos além dos aqui estudados também são fundamentais para o processo de formação do terapeuta familiar tais como a terapia do próprio estudante e a aprendizagem da teoria psicanalítica familiar |