Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Rezende, Denise Ferreira Diniz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-18032016-105022/
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Resumo: |
Gráficos são frequentemente utilizados para resumir e apresentar dados, tanto pelos cientistas quanto pelos meios de comunicação presentes no cotidiano dos indivíduos como um todo. Apesar disso, eles constituem-se muitas vezes como uma linguagem de difícil compreensão para muitas pessoas (CHINN; BREWER, 2001; FREEDMAN; SHAH, 2001). Alguns autores defendem que as habilidades relacionadas à leitura e interpretação de gráficos são dificilmente adquiridas e que, dessa forma, devem ser um foco explícito da instrução (BERG; SMITH, 1994). Assim, o propósito deste trabalho é o de investigar como a professora atua nos processos de leitura e interpretação de gráficos em aulas de Biologia. Partimos do pressuposto de que a leitura de gráficos consiste de uma prática social e de que sua significação, como símbolos, ocorre por meio da interação com outros símbolos, como palavras e gestos (ROTH et al., 1999). Foram analisadas áudio-vídeo-gravações de uma Sequência de Ensino Investigativo (SEI) buscando identificar o uso desses símbolos por uma professora durante a leitura e interpretação de gráficos extraídos de um artigo científico. Com base no conceito de \"linguagens da ciência\" (LEMKE, 1998a) os símbolos utilizados foram classificados como linguagens. Observou-se que a professora fez uso de três tipos delas no trabalho de significação desses gráficos: a linguagem verbal, a linguagem gestual e as inscrições literárias (LATOUR, 1987). Diferentes referenciais teóricos foram utilizados para analisar o uso de cada uma dessas linguagens. O referencial de Mortimer e Scott (2002) possibilitou a análise da linguagem verbal (oral) da professora. Por meio dele, pôde-se compreender como se deu a condução do discurso nas aulas analisadas. Além disso, foi possível também caracterizar as intervenções da professora desempenhadas por meio dessa linguagem. Para analisar o uso da linguagem gestual, adotou-se o referencial de Kendon (2004). Ele permitiu a classificação dos gestos identificados e a compreensão da relação entre o uso dos gestos e das inscrições literárias. Estas, que são constituídas dos próprios gráficos extraídos do artigo e de outros gráficos, produzidos na lousa, tiveram sua utilização analisada em conjunto com as outras linguagens, à luz do referencial de Márquez, Izquierdo e Espinet (2003). Isso porque foi constatado que as inscrições literárias foram utilizadas concomitantemente às linguagens verbal e/ou gestual. A análise conjunta das linguagens por meio dos referenciais adotados possibilitou o estudo de todos os símbolos utilizados. Isso, por sua vez, contribuiu para a compreensão de que as linguagens utilizadas foram articuladas de forma a conduzir os processos de leitura e interpretação dos gráficos, desempenhando funções semelhantes em grande parte das construções de significados nas enunciações porém também especializando-as. |