Análise crítica dos efeitos biológicos da fosfoetanolamina sintética no câncer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rossini, Guilherme Ayres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-02022024-180840/
Resumo: Introdução: O câncer é uma das mais complexas doenças que o ser humano já se deparou, com potencial de se tornar a principal causa de morte até 2025. As alterações metabólicas presentes nos tumores estão relacionadas à sobrevivência tumoral. O metabolismo de fosfolipídios em tumores é uma das alterações que pode ser alvo terapêutico de inovações tecnológicas. A fosfoetanolamina é uma molécula endógena envolvida em processos metabólicos fisiológicos e patológicos. Nos tumores, sua via metabólica também está alterada e sua forma sintética pode causar um efeito biológico em tumores. Seu mecanismo de ação ainda não está totalmente compreendido e o presente trabalho visa ampliar o conhecimento no tema através de análises in silico. Métodos: Análise in silico em plataformas computacionais de genômica, metabolômica, proteômica e transcriptômica. Resultados e Discussão: Biobancos de metabolômica apontam envolvimento da fosfoetanolamina nas reações de diferentes enzimas. As plataformas de genômica, proteômica e transcriptômica sugerem que a via na qual a fosfoetanolamina está envolvida é inespecífica ao tipo de tumor. Encontrou-se alterações de grupos de genes envolvidos na fosforilação oxidativa, tanto em hepatócitos diferenciados, quanto em hepatocarcinomas. Os dados da literatura confirmam que a fosfoetanolamina é capaz de inibir a fosforilação oxidativa, diminuindo a atividade mitocondrial através da inibição da succinato desidrogenase no complexo II da cadeia transportadora de elétrons. O efeito biológico da fosfoetanolamina está diretamente relacionado à concentração do composto ao qual as células tumorais estão expostas. A 2-AEH2F representa a formulação nanoestruturada da fosfoetanolamina e possui maior biodisponibilidade do que o sal de fosfoetanolamina sintética. Conclusão: A fosfoetanolamina é capaz de inibir a fosforilação oxidativa em mitocôndrias de células diferenciadas e tumorais. As mitocôndrias das células tumorais são mais vulneráveis aos níveis de fosfoetanolamina do que as mitocôndrias das células diferenciadas. A fosfoetanolamina atua nos tumores através da inibição da cadeia transportadora de elétrons, ligando-se ao mesmo sítio do succinato - na succinato desidrogenase no complexo II. A consequência da inibição irá depender da concentração de fosfoetanolamina e da capacidade de adaptação da célula tumoral