Júlio Bressane e Rosa Dias: encontros cinematográficos com Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Folgosi, Thaís Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-25042023-120551/
Resumo: O objetivo desta dissertação é fazer uma leitura do cinema de Júlio Bressane a partir da presença e atuação de Rosa Dias, filósofa brasileira especialista no pensamento de Friedrich Nietzsche. Para tal, a análise centrar-se-á em três filmes de Bressane Dias de Nietzsche em Turim (2001), Nietzsche em Nice (2004) e Nietzsche Sils Maria Rochedo de Surlej (2019) que são integralmente atravessados pelo filósofo alemão, à luz da abordagem em livros e artigos publicados por Rosa Dias. Além de ser a mediadora declarada nos encontros do cineasta com Nietzsche, a filósofa, nestas três obras cinematográficas, possui um papel ativo, como argumentista, pesquisadora, roteirista e também co-diretora (no caso do filme de 2019). Bressane é um leitor da obra de Dias, portanto informado a respeito das discussões, análises e leituras por ela desenvolvidas. As análises fílmicas, por sua vez, são feitas em cotejo com a produção intelectual de Dias, buscando ver como o cineasta traduz (ou sugere) para o cinema conceitos e questões caras ao pensamento nietzscheano privilegiados por Dias. Já a história do encontro profícuo entre Bressane e Dias remonta ao início dos anos 1970, configurando-se, incontestavelmente, como a parceria mais longeva e contínua na obra do cineasta. Neste sentido, perfaz-se um percurso dos deslocamentos vividos no exílio pelo casal àqueles ocorridos a partir dos anos 1990, que tem a ver com a recepção tardia dos filmes do cineasta nos países europeus pelos quais Nietzsche passou. Desse modo, comparamos a natureza do cinema de Bressane e a da obra de Dias como um possível ponto de convergência, entrelaçamento e/ou reverberação entre as duas trajetórias.