Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Diana Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-18022019-152539/
|
Resumo: |
A obesidade, que atinge uma grande parcela da população mundial é resultado do acumulo excessivo de gordura corporal, podendo afetar gravemente a saúde. É considerada multifatorial, com maior susceptibilidade ao ganho de massa em indivíduo que possuírem maior predisposição genética. Além disso, também está associada a doenças como diabetes, hipertensão, neoplasias e disfunções endócrinas. No Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 51,7% da população encontra-se com sobrepeso ou obesa. A literatura mostra que polimorfismos de nucleotídeos único (SNPs) são marcadores frequentemente usados em estudos de associação de doenças complexas, e trabalhos sobre obesidade focados em populações tri-híbridas, tal como é a brasileira, ainda são escassos. Este trabalho buscou identificar um conjunto de SNPs relacionados com o aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) a partir do exoma de ameríndios brasileiros e verificar se o padrão seria o mesmo na coorte de Ribeirão Preto - SP. O projeto desenvolvido foi devidamente aprovado pelo projeto pelo Comitê de Ética (CAAE 74509817.4.0000.5440). Um conjunto de 17 SNPs foi selecionado após o sequenciamento do exoma ameríndio, realizado pelo Dr. João Guerreiro, cada SNP foi validado posteriormente mediante a realização da genotipagem por PCR em tempo real, confirmando as mutações encontradas nos ameríndios. Para a coorte de Ribeirão Preto, utilizamos DNA genômico de 180 indivíduos, sendo 89 normais e 91 obesos, coletados previamente no Sistema Único de Saúde (SUS) por Barbieri et al (2006). A ancestralidade tri-híbrida de 45 indivíduos desses indivíduos foi confirmada por um conjunto de 15 polimorfismos do tipo inserção/deleção (InDels) escolhidos do painel desenvolvido por Santos et al. (2010), demostrando predominância europeia (87%), seguida de ameríndia (9%) e africana (4%). Os 17 SNPs selecionados apresentaram somente mutações sinônimas, onde rs2277552 e rs3731900 tiveram predição de patogenicidade positiva. A frequência do alelo mutante na coorte de Ribeirão Preto variou em função do SNP e da população comparada do banco de dados do Ensembl. A exemplo, rs8133052 exibiu diferença em seus valores quando a população comparada com a coorte de Ribeirão Preto era a total, 50% e 37% respectivamente. A análise de componentes principais (PCA) não foi sensível o bastante para separar o grupo obeso do controle. O teste de associação optou-se pelos modelos dominante e recessivo para todos os SNPs, porém nenhuma correlação foi observada quando o fenótipo observado era a obesidade (IMC>30). Entretanto, rs231591 para o MD e rs1824152 para o MR mostraram valores significativos de proteção para a obesidade central (razão entre cintura e estatura), com odds ratio de 0,27 (p = 0.0013) e 0.37 (p = 0.0056), respectivamente. Uma análise mais refinada considerando a influência do sexo dentro da coorte foi realizada e, dependendo do fenótipo e do sexo observado quatro SNPs (rs1824152, rs3732378, rs231591 e rs744224) apresentaram valores significativos de proteção. Destes três (rs1824152, rs231591 e rs744224) ainda não haviam sido relacionados diretamente com seu caráter protetivo para a obesidade. |