Nas tramas das culturas de ensinar e aprender língua estrangeira: um estudo das práticas de ensino de duas professoras de inglês de um contexto bastante específico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Zerbinati, Josi Thomé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23102013-112126/
Resumo: A língua estrangeira (LE) é um importante veículo de comunicação e sua aprendizagem contribui para a formação integral de cidadãos, preparando-os para atuarem no mundo contemporâneo. Embora haja uma trajetória de conquistas na esfera de ensino público, existem, por outro lado, pesquisas que obtiveram resultados que indicam um processo insatisfatório de ensinar e aprender LE na rede, além de verificarem um deslocamento do ensino de LE da escola para os cursos de idiomas. O ambiente desta investigação refere-se à escola pública porque este é o lugar a que todos os sujeitos têm o direito de acesso e de aprendizagem satisfatória e, também, onde são identificados os mais graves problemas em relação ao processo de ensinar e aprender LE. Logo, esta pesquisa preocupa-se com o processo educacional e investiga as culturas de ensinar de duas docentes de LE de uma escola situada no interior do Estado de São Paulo e as implicações decorrentes das escolhas por determinadas práticas de ensino. Para tanto, o estudo teve como objetivo levantar, inicialmente, um panorama das crenças dessas professoras para, depois disso, compreender de que forma estas crenças orientam suas ações pedagógicas e quais são as consequências de tal feito, levando-se em conta alunos de um contexto bastante peculiar. O referencial teórico que orientou a análise advém das posições de Almeida Filho (2007, 2008), Barcelos (2006, 2007), entre outros autores. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com as docentes de LE, observação de algumas de suas aulas e entrevistas com alunos e seus pais. Após a análise, identificou-se que, para uma das docentes, a crença sobre o alunado é a que, substancialmente, provoca suas ações para o ensino da LE; para a outra, a crença sobre o ineficaz ensino de LE da escola pública é a que rege suas práticas. Ambas docentes acreditam que a maioria de seus alunos não é capaz de executar grande parte das tarefas sem orientação. Verificou-se, ainda, que a formação deficiente de professores de línguas corrobora a já tradicional crença de que não é possível aprender LE na escola pública, influenciando as culturas de ensinar e aprender LE de uma sociedade, por conseguinte, de professores e alunos, que fazem parte dela. Todo o percurso deste trabalho e seus resultados visam, ainda que de forma bastante modesta, oferecer uma contribuição aos leitores professores, ou futuros professores, e pesquisadores da área que procuram compreender e refletir sobre o processo de ensinar e aprender uma LE na escola pública.