O efeito da terapia laser de baixa intensidade nos espectros de luz visível e infravermelha em culturas de Staphylococcus aureus, Pseudômonas aeruginosa e Escherichia coli isoladas in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sousa, Natanael Teixeira Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-07072015-105653/
Resumo: A terapia laser de baixa intensidade (TLBI) vem sendo utilizada no tratamento de feridas devido aos seus efeitos cicatrizantes. No entanto, espécies bacterianas podem ser detectadas em úlceras cutâneas crônicas, não estando claro quais os melhores parâmetros a serem utilizados para se obter maior eficácia da inibição das bactérias que podem vir a colonizar essas feridas, já que são escassos os estudos que associam diferentes linhagens de bactérias, com diferentes comprimentos de onda e fluências da TLBI. O objetivo do estudo foi analisar a influência da TLBI no crescimento bacteriano in vitro. Para realização do estudo foram utilizadas linhagens da S. aureus (ATCC 25923), P. aeruginosa (ATCC 27853) e E. coli (ATCC 25922), as quais foram repicadas e incubadas por um período de 24 horas, à temperatura de 37º C. Após o crescimento bacteriano, as células foram suspensas em solução fisiológica com turvação de 0,5 na escala de McFarland (1,5 X 108 UFC/mL-1). Em seguida foram realizadas cinco diluições seriadas até alcançar a concentração de 1,5 X 103 UFC/mL-1. Uma alíquota de 300 L desta suspenção foi transferida para poços da placa de microtitulação e então expostas a irradiação. A seguir uma fração de 100 L foi espalhada sobre a superfície do meio de cultura sólido Mueller-Hinton em placas de Petri (90 x 15 mm), incubada a 37° C e após 24, 48 e 72 horas foram realizadas às contagens de UFC (unidades formadoras de colônias). A irradiação laser (laserpulse - Ibramed® Amparo, SP Brasil) foi realizada nos comprimentos de onda de 450, 660, 830 e 904 nm, nas fluências de 0 (controle), 3, 6, 12, 18 e 24 J/cm2, aplicado de forma direta e perpendicular a placa, a uma distância de 2 mm, sobre uma área de 1 cm2. Todos os dados foram submetidos ao teste de normalidade Shapiro-Wilk, sendo os dados referentes a contagem das UFC submetidos ao teste de Kruskal Wallis e post hoc de Dunn com nível de significância de 5%. A irradiação laser inibiu o crescimento da S. aureus em todos os comprimentos de ondas testados, nas fluências superiores a 12 J/cm², com maiores taxas de inibição em 24 J/cm2 (79,6%). Ao analisar o comportamento da taxa de inibição bacteriana, pode-se observar uma tendência similar entre todos os comprimentos de onda. No entanto, para a P. aeruginosa a TLBI foi capaz de inibir o crescimento em todos os comprimentos de onda, somente na fluência de 24 J/cm², não sendo possível identificar um padrão de inibição. A E. coli apresentou um padrão de inibição nos comprimentos de onda de 450 e 830 nm. Para os comprimentos de onda de 660 e 904 nm pode-se identificar inibição somente em 12 e 18 J/cm2, respectivamente. Assim, pode-se afirmar que a TLBI foi capaz de inibir o crescimento bacteriano em todos os comprimentos de onda, não apresentando o mesmo padrão de inibição entre as espécies bacterianas, comprimento de onda e fluências testadas, se mantendo por até 72 horas após a irradiação.