Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Patricia Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09032016-135116/
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Resumo: |
A presente pesquisa busca examinar o movimento pela preservação do quarteirão do Itaim Bibi, o qual, no contexto atual da reprodução da metrópole, configura-se como uma luta pelo uso do espaço. Partimos, primeiramente, dos pressupostos mais gerais sobre a produção do espaço, que, sob a influência da mundialização, momento específico do capitalismo, determina-o como condição da reprodução do capital. Também considerando que a metrópole se torna um dos momentos necessários da acumulação, buscamos compreender os processos contraditórios que emergem da reprodução do urbano, tomando como referência a Operação Urbana Faria Lima e o bairro do Itaim Bibi. Assim, nosso trabalho é desenvolvido no sentido de compreender tanto o significado do quarteirão do Itaim no contexto da metrópole e do próprio bairro quanto da luta que se formou em defesa de sua preservação. Nesse percurso, nossa análise procurou desvendar de que maneira o quarteirão do Itaim nos revela em sua própria produção a contradição entre o valor de uso (apropriação) e o valor de troca (dominação) do espaço, mais precisamente a contradição, materializada inclusive na paisagem urbana atual do bairro, entre o uso público do espaço e a reprodução da cidade como negócio. Procuramos analisar o papel do Movimento SOS Quarteirão do Itaim como expressão das mobilizações sociais em defesa do patrimônio cultural, inclusive apontando seus aspectos ambivalentes, isto é, ora com potencial político de questionar os processos hegemônicos em curso, ora reafirmando seus discursos conservadores. Nesse sentido, levando em consideração o ponto de vista social e não somente do poder da classe capitalista que domina o processo urbano, discutimos ainda o significado das lutas pelo espaço, que evidenciam as contradições do processo da reprodução da metrópole e podem ter o potencial de produzir uma sociedade mais democrática e espaços socialmente mais justos. |