Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Leonardo José da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-17012019-165858/
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Resumo: |
A utilização de produtos naturais para a terapêutica do câncer foi iniciada com a actinomycina D, obtida a partir de culturas de Streptomyces e desde então, a busca por compostos bioativos de origem natural constitui uma importante linha de pesquisa. Estima-se que aproximadamente 60% dos agentes antineoplásicos, introduzidos para a terapia do câncer nas últimas décadas, tem origem vegetal ou microbiana. Dentre os micro-organismos proeminentes para produção de compostos ativos, as actinobactérias se destacam pela versatilidade metabólica, praticidade para cultivo in vitro e eficiência para produção de compostos com atividade anticâncer. Em seu último relatório, a Organização Mundial da Saúde reportou 8,8 milhões de mortes em decorrência de câncer, no ano de 2017. O índice representa um em cada seis óbitos em todo o mundo, sendo mais expressivo em países de média e baixa renda. Vale ressaltar que avanços significativos foram alcançados nos últimos anos para o tratamento de leucemia aguda infantil e tumores derivados de células germinais. Contudo, tumores sólidos de pulmão, próstata, mama e cólon ainda representam altos índices de mortalidade. Frente a isso, torna-se evidente a necessidade de identificar e desenvolver estratégias para o tratamento da doença. Com intuito de acessar novos recursos microbianos com potencial biotecnológico, a prospecção avança para áreas pouco exploradas, como por exemplo, o Continente Antártico. A Antártica foi o último dos continentes a ser acessado pelo homem e apresenta características edafoclimáticas favoráveis ao endemismo. Em vista da problemática e da potencialidade do Continente Antártico, os recursos microbiológicos associados à rizosfera de Deschampsia antarctica Desv. foram acessados e avaliados para a produção de compostos com propriedade antitumoral. Em resultado foram obtidos 42.528 clones metagenômicos e 72 linhagens de actinobactérias, dentre as quais Streptomyces sp. CMAA 1527, que apresentou pronunciada atividade antiproliferativa in vitro, para tumores de mama, pulmão, rim e sistema nervoso central, através da produção de cinerubina B. A análise taxonômica das actinobactérias isoladas revelou a presença de linhagens com baixo índice de similaridade, com as linhagens tipo conhecidas, o que pode significar a presença de novas espécies para os gêneros Nocardia, Rhodococcus e Streptomyces, reconhecidos pela capacidade de produzir metabólitos ativos e enzimas de interesse biotecnológico. A análise taxonômica polifásica da linhagem CMAA 1533 possibilitou a descrição da espécie Rhodococcus psychrotolerans sp. nov. (TaxoNumber TA00191; NRRL B-65465T = DSM 104532T), grupo bacteriano promissor como agente de biorremediação e produção de compostos bioativos. Com isso, o Continente Antártico foi considerado um ambiente promissor para a busca de novos micro-organismos, dentre eles actinobactérias, eficientes na produção de compostos antitumorais e outras substâncias com potencial biotecnológico. |