Hagenulina Kluge (1994): diversidade, filogenia e biogeografia (Ephemeroptera: Leptophlebiidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Rogério Campos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-03052022-082823/
Resumo: Entender os padrões e mecanismos que moldam a vida na terra é uma interessante e difícil tarefa compartilhada pelos pesquisadores da biodiversidade. Em termos gerais, os déficits da biodiversidade estão associados com o nosso conhecimento incompleto sobre: o número de espécies, a distribuição dessas espécies ao redor do globo, seu posicionamento filogenético na árvore da vida, o reconhecimento dos seus estágios de vida, suas interações com os fatores bióticos e abióticos, e assim por diante. Neste estudo, nós nos debruçamos sobre a subtribo Hagenulina (Ephemeroptera: Leptophlebiidae) com o objetivo de reduzir os déficits da biodiversidade, sobretudo os déficits Lineano, Henigueano/Darviniano e Haeckeliano. Aqui, nós integramos os dados morfológicos a uma abordagem filogenética bayesiana, utilizando informações neontológicas e paleontológicas, e relógio morfológico relaxado para testar a monofilia, estimar a cronologia e propor uma hipótese de relacionamento entre os gêneros que pertencem a Hagenulina. Dado a distribuição da subtribo (América Central, ilha e continente, e América do Sul), nós performamos uma análise biogeográfica afim de testar se a colonização das Antilhas ocorreu apenas uma vez ao longo do tempo, além de testar se a hipotética ponte GAARlandia desempenhou um papel central nessa colonização. Como resultado, nossas análises indicaram a monofilia de Hagenulina com sua provável origem na América do Sul por volta do Cretáceo. A subtribo iniciou sua diversificação durante a passagem do Cretáceo-Paleogeno (KPg), performando múltiplos eventos de dispersão para as Antilhas em sua história evolutiva. A importância de uma possível ponte de terra durante a colonização de Hagenulina não foi claramente evidenciada, mas, a proximidade temporal de 5 milhões de anos entre o período estimado para GAARlandia e a idade das linhagens que colonizaram as Grandes Antilhas não nos permite refutar totalmente essa hipótese diante dos nossos dados. Além disso, uma nova espécie e ninfas foram descritas baseada em associação dos estágios de vida, reduzindo as deficiências de Linneana e Haeckeliana para a subtribo.