Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1978 |
Autor(a) principal: |
Murrieta, Luiz Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20240301-154650/
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Resumo: |
O capim colonião (Panicum maximum, Jacq.) com 53 dias de crescimento foi estudado nas formas de silagem e feno confeccionados com forragem proveniente do mesmo corte. O objetivo do trabalho foi medir o efeito da adição de três níveis crescentes (0; 0.2 e 0.4%; volume/peso de forragem fresca) de uma mistura de ácido fórmico e formol (FF), composta de 70% de formol 38% puro, 26% de ácido fórmico 85% puro e 4% de água, sobre a composição química, o consumo voluntário e a digestibilidade das silagens produzidas, e comparar estas silagens com a silagem preparada com a adição de 2% de melaço e com o feno. Foram comparadas também as determinações de matéria seca nas silagens por secagem em estufa a 105°C e por destilação com tolueno corrigido (DTC), e os métodos de fibra em detergente ácido (FDA), insolúvel fórmico (IF) e fibra em detergente ácido modificado (FDAM) nas silagens e no feno. O delineamento experimental utilizado foi o de bloco ao acaso com 3 repetições. Os efeitos da adição de níveis crescentes de FF foram medidos através de regressões simples estabelecidas pelo método de polinômios ortogonais. Para as medidas dos parâmetros nutricionais foram usados carneiros adultos castrados. As comparações entre os métodos químicos foram feitas mediante um esquema fatorial. A adição de níveis crescentes de FF aumentou em forma linear os teores de carboidratos solúveis em água (1,97; 2,76 e 3% na matéria seca; P< 0.01), de nitrogênio insolúvel em água quente (45,33; 49 e 54,67% do N-total; P< 0.01) de nitrogênio insolúvel em detergente ácido (13,68; 13,87 e 16,78% do N-total; P<0.01) e de lignina permanganato (8,27; 9,14 e 9,86% na matéria seca; P<0.05); diminuiu em forma linear o pH (4,93; 4,70 e 4,63; P< 0.01), os teores de nitrogênio amoniacal (13,69; 8,21 e 6,16% do N-total; P<0.01), de ácido butírico (2,33; 1,22 e 0,55% na matéria seca; P<0.01), de ácido acético (1,18; 0,82 e 0,56% na matéria seca; P<0.05) de ácido isobutírico (0,11; 0,06 e 0,02% na matéria seca; P<0.05), de ácidos orgânicos totais (5,23; 3,04 e 1,76% na matéria seca; P<0.05) e de proteína digestível (4,71; 3,90 e 3,43% na matéria seca; P<0.05) e produziu um efeito quadrático sobre a digestibilidade in vitro aparente da matéria seca (47,74; 50,32 e 47,36%; P<0.01), sobre a digestibilidade in vitro da matéria orgânica (49,92; 52,21 e 49,20%; P<0.05), e sobre a digestibilidade in vitro aparente da matéria seca corrigida para perdas voláteis na secagem (50,82; 53,88 e 49,26%; P<0.01). A silagem com melaço, com 0,2% e 0,4% de FF, quando comparadas a silagem testemunha (silagem sem aditivo), foram de melhor qualidade e aumentaram, embora não estatisticamente, o consumo voluntário de matéria seca DTC (g/kg de peso metabólico/dia) (48,98; 48,71 e 48,92 vs 45,31; P>0,05) e de matéria seca digestível (25,52; 24,04 e 23,18 vs 21,50; P>0.05), sendo que a silagem com melaço e a silagem com 0,2% de FF também aumentaram embora não estatisticamente a digestibilidade da matéria seca DTC (52,25 e 49,37% vs 47,26, P>0.05), a digestibilidade da fibra bruta (55,84 e 52,55 vs 48,16% P>0.05) a digestibilidade do extrato etéreo (78,68 e 74,56 vs 70,15%, P> 0.05) e a digestibilidade da energia bruta (52,12 e 50,76 vs 48,90%, P>0.05). Quando comparada à silagem testemunha a silagem com melaço aumentou, embora não estatisticamente, (56,32 vs 52,54%; P>0.05) e as silagens com 0,2% e 0,4% de FF diminuíram não estatisticamente (48,20 e 44,07 vs 52,54%; P>0.05) a digestibilidade da proteína bruta. Quando comparadas ao feno, a silagem sem aditivo foi menos consumida (45,31 vs 54,16 g.MS/kg de peso/metabólico/dia; P<0.05), sendo que as silagens tratadas com melaço e FF apresentaram consumos ligeiramente menores mas não estatisticamente diferentes aos do feno (P>0.05). A digestibilidade do extrato etéreo foi maior nas silagens do que no feno (70,15; 78,68; 74,56 e 77,84 vs 55,64%; P<0.05). As digestibilidades da matéria seca (DTC), matéria orgânica, proteína bruta, fibra bruta, FDA, energia bruta e os teores de NDT foram praticamente iguais na silagem com melaço e no feno, ligeiramente menores na silagem com 0.2% de FF (P>0,05) e acentuadamente menores, mas não estatisticamente diferentes, na silagem com 0,4% de FF (P>0.05). As maiores porcentagens de recuperação de matéria seca (67,78%), de energia bruta (69,15%) e de nitrogênio total (63,04%) na forma de silagem, foram obtidos com o tratamento de 0,2% de FF. Os teores de FDA, IF e FDAM foram estatisticamente diferentes (FDA vs IF ou FDAM, P<0.01; IF vs FDAM, P<0.05) 46,37; 44,80 e 43,97% na matéria seca, respectivamente. Os teores de lignina determinados nestas três frações foram estatisticamente (P<0.01) diferentes (8,93; 8,15 e 6,46% na matéria seca). Os teores de celulose determinados no FDA e no FDAM foram iguais entre si, e maiores (P<0.01) do que o determinado no IF (35,99; 35,35 vs 33,95). Nas silagens, as porcentagens de matéria seca determinadas em estufa a 105°C foram inferiores (P<0.01) às determinadas por destilação com tolueno corrigido em 6,04% (25,99 vs 27,66%) e em consequência a digestibilidade da matéria seca a 105°C foi inferior à digestibilidade da matéria seca (DTC) em 7,54% (39,12 vs 45,42%). A adição de 0,053% de formaldeído e de 0,044% de ácido fórmico (tratamento 0,2% FF) demonstrou ser adequada para a forragem estudada (28,26% de matéria seca; 8,83% de PB na matéria seca e 5,74% de carboidratos solúveis na matéria seca). |