Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Fioretto, Emerson Ticona |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-05042007-105903/
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Resumo: |
O sistema nervoso simpático é escassamente descrito em livros na anatomia veterinária e encontra-se pouca informação a respeito de seu funcionamento em grandes mamíferos. O conceito atual da estrutura e função dos gânglios simpáticos deriva de estudos desenvolvidos no gânglio cervical superior (GCC) em animais de laboratório, devido ao seu grande tamanho, facilidade de acesso e multiplicidade de território de inervação nestas espécies. A ganglionectomia unilateral do GCC causou condição patológica associada à síndrome de Horner com sinais associados à anisocoria, enoftalmia, ptose e hipertermia de orelha. Aplicando-se métodos estereológicos, objetivamos investigar a neuroplasticidade do G CC em condições de exigência funcional em diferentes períodos de tempo. A neuroplasticidade foi investigada em vista dos aspectos morfoquantitativos, tamanho e número total de neurônios. Objetivou-se encontrar variação, ou não, no tamanho dos neurônios, na densidade neuronal, no número de neurônios secundários à ganglionectomia unilateral do GCC. Alterações macroscópicas revelaram um aumento médio de 8%, 3% e 11% em comprimento, largura e espessura para os gânglios operados no grupo I. Para o grupo II encontraram-se aumentos em 4% para comprimento e largura e 5% em espessura, enquanto que para o grupo III, 29% de aumento foram encontrados para comprimento, 4% em largura e 7% em espessura. Os gânglios controle e operados apresentaram diferença significativa (p = 0,0001) na densidade neuronal (Nv). Os gânglios operados apresentaram diminuição na densidade neuronal em média de 89% para o grupo I, 65% para o grupo II e 47% para o grupo III. Esta redução reflete a distribuição heterogênea dos neurônios no gânglio operado. Um aumento no volume neuronal global foi significativamente detectado (p = 0,0001), o gânglio operado apresentou aumentos médios de 13% para o grupo I, 24% para o grupo II e 29% para o grupo III, sugestivo de maior exigência funcional em resposta à ganglionectomia. O numero total de neurônios apresentou diferenças significativas (p = 0,0514) e dois efeitos distinto nos gânglios operados. No grupo I observou-se um aumento de 3% no numero total de neurônios enquanto que uma redução foi determinada para os grupos II (8%) e III (20%). A avaliação global dos resultados leva-nos a inferir duas hipóteses associadas e consecutivas: 1) a hipertrofia neuronal estaria associada a um mecanismo compensatório para a re-inervação contralateral sendo que a maior exigência funcional poderia levar estes neurônios à morte, seguido de hipertrofia de tecido não-neuronal cicatricial refletido na diminuição da densidade neuronal; 2) a hipertrofia neuronal estaria associada a um mecanismo compensatório à morte celular determinada pela maior exigência funcional. As alterações quantitativas principais secundárias à ganglionectomia unilateral do GCC no gânglio remanescente estão associadas à: perda significativa no número total de neurônios a partir da 8ª semana de evolução da doença, perda significativa na densidade neuronal a partir da 8ª semana e aumento significativo na área e volume neuronal. |