A associação entre o zooplâncton e Vibrio cholerae O1 e O139 no complexo estuarino de Santos - Bertioga e Plataforma adjacente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Martinelli Filho, José Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DFA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-20092007-165639/
Resumo: Vibrio cholerae é uma bactéria autóctone do ambiente aquático e pode causar sérios riscos à saúde quando cepas patogênicas são acidentalmente consumidas. V. cholerae se encontra associada aos copépodes em concentrações que podem alcançar mais de 1000 vezes a densidade das bactérias livres na água. Se ingerido, um único copépode pode conter a dose mínima de bactérias necessária para a manifestação da doença. Verificar a presença e a distribuição dos sorogrupos O1 e O139 no complexo estuarino de Santos-Bertioga e plataforma continental adjacente em associação com o zooplâncton e seus distintos grupos taxonômicos foi o objetivo desse trabalho. O zooplâncton (>330 µm) foi coletado e a detecção dos sorogrupos O1 e O139 realizada nas amostras totais e nos táxons mais abundantes através das técnicas DVC-DFA e DFA (Contagem direta de bactérias viáveis e ensaio de imunofluorescência direta). Amostras fixadas em formol foram maceradas e preservadas numa solução tampão estéril, previamente aos experimentos. Para o DVC-DFA, animais vivos foram selecionados, lavados, macerados e uma alíquota transferida para meio de cultura. A presença da bactéria no zooplâncton foi correlacionada a parâmetros abióticos e bióticos. O sorogrupo O1 foi detectado em 88% e O139 em 77% das amostras de plâncton no complexo estuarino de Santos-Bertioga, valores mais altos do que os publicados na literatura mundial para outros estuários. Para a plataforma, a presença dos sorogrupos foi menor devido à salinidade mais elevada. Foram testados isoladamente 43 táxons, pertencentes a 9 filos. Dados inéditos da associação entre Vibrio cholerae e quetognatos, estágios larvas de equinodermos, urocordados e ovos de peixes foram registrados. Este trabalho sugere a existência de um gradiente costa-oceano para V. cholerae aderido ao zooplâncton de águas costeiras e ampla capacidade de V. cholerae O1 e O139 em aderir a diversos táxons do zooplâncton marinho.