O real que não é visto: xamanismo e relação no baixo Oiapoque (AP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Andrade, Ugo Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-27122022-161122/
Resumo: O presente trabalho aborda dinâmicas de relações sociais, inter e intra-comunitárias, geradas no campo do xamanismo e abrangendo duas qualidades de pessoas: as visíveis, ou \"humanos\", e as invisíveis, \"não-humanos\". O foco é tanto o xamanismo enquanto instituição ou \"filosofia indígena\", quanto as redes de relações e dinâmicas sociais por ele geradas na região do Baixo Oiapoque (fronteira com a Guiana Francesa), envolvendo conjuntos de relações de reciprocidades múltiplas, como o intercâmbio ritual e a agressão simbólica entre os Karipuna, Galibi-Marworno, Palikur e não-índios das cidades de Oiapoque, Saint Georges (Guiana Francesa) e localidades adjacentes. O pensamento xamânico regional, combinando qualidades sensíveis a fim de predicar primariamente as pessoas invisíveis do cosmos, tem na percepção e na relação as peças principais de construção de mundo, donde decorre um ativo e fundamental relacionismo indígena