Reabilitação de cães com lesão medular grau V, em vértebras toracolombares, sem intervenção cirúrgica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caramico, Miriam
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-16092019-145558/
Resumo: A Doença do Disco Intervertebral é a maior causa de lesão medular em cães levando a paresia, ou paralisia, dos membros. Caracteriza-se pela extrusão ou protusão de material Cartilagíneo ou do próprio disco para dentro do canal vertebral.. Hoje com o avanço na área de reabilitação e graças a proprietários que insistem em tratar seus animais, mesmo diante de um prognóstico desfavorável, sabemos que é possível retornar à ambulação de cães sem dor profunda, através da reabilitação. Este estudo tem como objetivo avaliar os resultados do uso da fisioterapia veterinária em animais com doença de disco intervertebral toracolombar grau V (paralisados e sem dor profunda), tratados somente de maneira conservativa e observar seu efeito na qualidade de vida destes pacientes. Vinte animais foram avaliados e diagnosticados com lesão medular tipo V (protrusões e extrusões); submetidos a sessões de fisioterapia utilizando dispositivos como laser de classe III, eletroestimulação, fototerapia, magnetoterapia, cinesioterapia e exercícios na esteira aquática. A amostra foi composta por animais, com idades compreendidas entre os 4 e 15 anos de idade, peso entre 3 e 30 quilos de diferentes raças. Os cães foram divididos em 3 grupos por faixa etária, sendo estes: Grupo 1 de 4 a 6 anos (n: 7); Grupo 2 de 7 a 9 anos (n: 7) e Grupo 3 de 10 a 15 anos (n: 6). Os animais com menos tempo de lesão apresentaram melhores resultados do que os que tinham lesão mais antiga. Foi obtido melhor resultado nos cães com protusão, lesão mais comum no grupo de animais de meia idade, o resultado foi de 60 % de retorno a deambulação. Serão necessários futuros estudos para investigar melhor parâmetros específicos para o desenvolvimento do andar medular. Este estudo apresentou diversas limitações como um grupo muito heterogêneo em relação ao tempo de lesão, idade, peso, raça. A autora esta ciente que de várias análises de conjuntos de dados pequenos são passíveis de falsas descobertas, e as conclusões requerem cautelas adequadas, porque elas não se encaixam em outros conjuntos de dados. Concluímos neste então que mesmo sem intervenção cirúrgica ou uso de outros métodos não invasivos é possível reabilitar, e desenvolver o andar medular em parte destes animais que seriam anteriormente condenados.