Evidenciação contábil do risco de mercado por instituições financeiras no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Goulart, André Moura Cintra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-08122003-122400/
Resumo: O risco de mercado pode ser entendido como o risco de perdas em decorrência de oscilações em variáveis econômicas e financeiras, como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações e de commodities. A adequada evidenciação dos aspectos relacionados ao risco de mercado tem assumido importância crescente no sistema financeiro, por diversos fatores, como as crises financeiras de amplitude global, o desenvolvimento dos derivativos, os colapsos empresariais decorrentes de deficiências na gestão de riscos, e as exigências de capital em função dos riscos incorridos pelas instituições. O objetivo da pesquisa é verificar e analisar o grau de evidenciação, por parte das instituições financeiras com atuação no Brasil, quanto às questões relativas ao risco de mercado. Para a avaliação das informações prestadas, são utilizadas como parâmetro as recomendações de evidenciação do Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia, bem como informações sobre as práticas de divulgação de instituições financeiras no mercado internacional, a partir de levantamentos realizados pelo BIS (Bank for International Settlements). Assim, questiona-se se as instituições financeiras com atuação no Brasil têm apresentado aderência aos padrões internacionais de evidenciação na área de risco de mercado. Os resultados obtidos com a pesquisa empírica, que consistiu na análise de relatórios anuais (de 1997 a 2002) de bancos com atuação no Brasil, permitem concluir que a evidenciação bancária no mercado doméstico, apesar de mostrar indicadores de evolução na área de riscos de mercado, ainda apresenta um nível incipiente de transparência quando comparado com as práticas de divulgação de instituições do sistema financeiro internacional. Identifica-se, assim, a necessidade de melhoria do nível de disclosure bancário brasileiro. Para tanto, mais do que impor regras que tornem compulsórios determinados padrões de evidenciação, requer-se o desenvolvimento de todo o conjunto de precondições legais, institucionais e culturais relevantes para o amadurecimento do mercado de capitais doméstico e de seus sistemas de governança corporativa.