O 14C como traçador do fluxo do carbono assimilado -pelas plantas (milho, cana-de-açúcar, feijão) e sua liberação ao solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Eduardo, Brigitte Josefine Feigl de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/64131/tde-20231122-100910/
Resumo: Fez-se um estudo do fluxo do carbono em três diferentes espécies vegetais: milho, feijão e cana-de-açúcar, usando o 14C como traçador. A metodologia empregada foi a da curta marcação (12hs) pela exposição das plantas encerra das em câmara de biossíntese à atmosfera com concentração constante de 14CO2. A detecção do isótopo do carbono permitiu acompanhar a distribuição e concentração dos fotossintetatos nos diversos Órgãos e suas vias de liberação ao solo, quer através da respiração radicular, quer através das rizodeposições. Os resultados obtidos para plantas C3 (feijão) e C4 (milho e cana-de-açúcar), todas com 2 meses de idade, demostraram a concentração dos metabólitos recém sintetizados nos destinos prioritários característicos do estágio de desenvolvimento de cada uma. O milho (planta C4 anual) encontrando-se no início de sua fase reprodutiva fixou 59% do 14C assimilado na parte aérea concentrando-o nas folhas fotosinteticamente ativas e nos segmentos medianos do colmo. As raízes retiveram 19%, liberando 12% por via respiratória e 10% por rizodeposição. Estas últimas achavam-se em parte recicladas pela biomassa microbiana do solo e em parte ligadas às argilas. A cana-de-açúcar (planta C4 perene) em sua fase inicial de crescimento lento, apresentou uma concentração de 50% dos metabólitos sintetizados a partir do 14 CO2 na parte aérea e 10% nas raízes. Suas perdas através da respiração radicular atingiram 18% e as rizodeposições contribuíram com os restantes 22%. Encontrando-se na fase de produção de grãos, o feijão (planta c 3 anual) concentrou 63% dos fotossintetatos na parte aérea, especialmente nas vagens e sementes. Seu sistema radicular fixou uma proporção muito pequena (5%) apesar de por elas passarem quantidades consideráveis de metabólitos marcados, perdidos pela respiração 14,5% e rizodeposição 17,5%. A técnica da marcação dos metabólitos via fotossíntese e sua detecção nos diversos Órgãos vegetais é bastante conhecida e empregada apesar de requerer aparelhagem bastante sofisticada. Já a quantificação dos intercâmbios planta-solo-microrganismos apresenta maiores dificuldades por se tratar de processos dinâmicos, evidenciando a necessidade de estudos mais específicos.