A expropriação psicológica do sujeito no capitalismo tardio e a concepção neurocientífica de homem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Perez Junior, Jesus Vasquez Meira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-19082019-103013/
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar sociologicamente a recente ascensão da concepção neurocientífica de homem, tentando compreender e evidenciar em que medida ela está entrelaçada a certos aspectos da sociedade capitalista tardia, sobretudo ao estatuto do sujeito a partir da segunda metade do século XX. Por um lado me preocupo em compreender a gênese da concepção neurocientífica de homem no campo da ciência; por outro, em lançar alguma luz sobre o seu sucesso cultural, o que implica, inevitavelmente, o questionamento acerca da aceitação dessa visão reducionista de homem pelos próprios sujeitos. A hipótese que busco desenvolver é a de que o sucesso vertiginoso e a estabilidade da concepção neurocientífica de homem (seja no campo restrito da ciência, seja no imaginário social) são um sintoma atual entre muitos outros, incontáveis do declínio da subjetividade contemporânea, efeito, por sua vez, do atual estado da civilização Ocidental e de sua marcha contraditória rumo ao progresso.