Neuroimmunoendocrine trajectories and the response to stress and fatigue in pediatric cancer patients under chemotherapy submitted to clown intervention

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lopes Junior, Luis Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-31072019-125447/
Resumo: O câncer e o processo de hospitalização comumente cursam com forte impacto psicológico sobre as crianças e adolescentes, gerando estresse e fadiga. Isto aplica-se especialmente, para àqueles sob quimioterapia, pois esta, constitui-se em uma das experiências mais estressantes e ameaçadoras que pode exacerbar os sintomas relacionados ao câncer e levar a uma diminuição da qualidade de vida (QV). O estresse associado ao desenvolvimento do câncer pode causar disrupturas no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, e suprimir importantes vias neuroimunoendócrinas. Assim, intervenções destinadas a atenuar as alterações fisiológicas relacionadas ao estresse podem favorecer a recuperação do sistema imune e induzir alterações neuroimunoendócrinas para potencializar a vigilância imunológica durante o tratamento oncológico. Com o aumento da incidência de câncer, é crucial que os profissionais de saúde desenvolvam intervenções eficazes para o manejo dos sintomas oncológicos, de modo a aliviar a sobrecarga do tratamento nesses pacientes durante o processo de hospitalização, de modo a contribuir para um melhor prognóstico da doença. Ademais, pacientes pediátricos oncológicos podem se beneficiar de intervenções não-farmacológicas, por exemplo, a intervenção dos clowns, para aliviar os sintomas relacionados ao câncer. Contudo, poucos estudos têm investigado os mecanismos moleculares envolvendo a intervenção dos clowns. Nosso objetivo principal foi investigar os efeitos da intervenção dos clowns sobre o estresse psicológico e a fadiga-relacionada ao câncer (FRC) em pacientes pediátricos oncológicos sob quimioterapia. Além disso, nós investigamos se alterações nos níveis de cortisol, ?-amilase (sAA), citocinas e metaloproteinases de matriz (MMP-9) estão associadas com estresse psicológico e com FRC de pacientes pediátricos com osteossarcoma submetidos à intervenção dos clowns. Trata-se de um estudo quase-experimental pré-teste/pós-teste. Foram colhidas oito amostras de saliva em momentos idênticos, isto é, no baseline (pré-intervenção) e no pós-intervenção (+ 1h, + 4h, + 9h e + 13h após o despertar). As concentrações de cortisol salivar, sAA, citocinas e MMP-9 foram mensuradas por ELISA. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados via prontuários médicos, além disso, foram aplicadas a Escala de Estresse Infantil-ESI(TM) e a Escala Multidimensional de Fadiga-PedsQL(TM). Os escores das escalas foram comparados entre o baseline e o pós-intervenção, e também, foram correlacionados com os níveis dos biomarcadores. Para análise dos dados, utilizou-se da estatística descritiva e estatística não paramétrica. Em comparação com as medidas do baseline, observamos que os níveis de estresse psicológico total, bem como os de fadiga geral dos pacientes pediátricos oncológicos, melhoraram significativamente após a intervenção dos clowns ( p= 0.003; p= 0.049, respectivamente). Não houve correlações significativas entre as Áreas sob Curva (AUC) da sAA e do cortisol no baseline e nem no pós-intervenção. Além disso, a intervenção dos clowns reduziu os níveis de IL-1? e de cortisol nos pacientes pediátricos com osteossarcoma. A AUC da IL-1? correlacionou-se positivamente com AUC do cortisol e com a AUC da sAA no pósintervenção. Inversamente, os níveis de IL-6, TNF-?, IL-12p70, IL-10, TGF-? e MMP-9 não mostraram diferenças significativas no pós-intervenção. Em síntese, nossos resultados sugerem que a intervenção dos clowns é uma boa intervenção não-farmacológica para reduzir o estresse psicológico e a FRC em pacientes pediátricos oncológicos sob quimioterapia