Avaliação da soroprevalência do vírus da hepatite C em pacientes portadores de doenças sexualmente transmissíveis na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Arnone, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-31102008-151600/
Resumo: Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite C é atualmente um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. Sua principal via de transmissão é a parenteral, por meio da transfusão de sangue e hemoderivados e pelo uso de drogas injetáveis. A transmissão por via sexual é controversa e vem sendo objeto de estudos nos últimos anos. Objetivo: Avaliar a frequência do vírus da hepatite C em portadores de doenças sexualmente transmissíveis, correlacionar os achados sorológicos da população estudada com os fatores de risco para transmissão do vírus da hepatite C e analisar o papel da via sexual como meio de transmissão da doença. Casuística e Métodos: O estudo foi realizado em 1.000 pacientes portadores de doenças sexualmente transmissíveis atendidos no Centro de Saúde Escola Geraldo Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e no Ambulatório de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006. Os pacientes foram entrevistados para identificação de fatores de risco para transmissão do vírus da hepatite C e foram colhidas amostras para realização de sorologia para hepatite C e HIV. Os dados coletados incluiram idade, orientação sexual, antecedente pessoal de transfusão de sangue ou hemoderivados antes de 1993, antecedente pessoal de uso de drogas injetáveis e a presença de tatuagem ou piercing. Resultados: Do total de 1.000 pacientes estudados, 44 (4,4%) apresentaram sorologia positiva para hepatite C. A avaliação do subgrupo de pacientes que não apresentava fatores de risco para transmissão do vírus da hepatite C apresentou taxa de soropositividade de 3,68% Os fatores de risco estatisticamente significantes (p<0,05) na população estudada foram o uso de droga injetável, infecção pelo HIV e idade igual ou superior a 29 anos. Conclusão: Em nosso trabalho, com a aplicação de modelo logístico multivariado, os fatores de risco estatisticamente significantes para transmissão do vírus da hepatite C foram o uso de droga injetável, infecção pelo HIV e idade igual superior a 29 anos, resultados semelhantes aos dados de literatura. Não foram estatisticamente significantes as associações entre presença de tatuagem, presença de piercing, orientação sexual e positividade ao anti-VHC. As taxas de prevalência observadas na população total estudada, bem como no subgrupo dos pacientes sem fatores de risco para hepatite C são maiores que as taxas observadas em estudos populacionais, o que nos permite inferir que a via sexual, embora secundária, deva ser considerada como possível via de transmissão do vírus da hepatite C