Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Thiago Afonso Carvalho Celestino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-14092021-143839/
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Resumo: |
Esta pesquisa objetiva analisar as influências dos hábitos e do estilo de vida (tabagismo, consumo habitual de bebidas alcoólicas, uso de maconha e sedentarismo) na função testicular de homens inférteis atendidos em clínica de Andrologia. Foi realizado estudo retrospectivo, quantitativo, com análise de dados de prontuários de 280 homens inférteis com idade de 18 a 59 anos, e que realizaram análise seminal completa, dosagem sérica de testosterona total e aferição de volume testicular (orquidômetro, paquímetro ou ultrassonografia). Foram excluídos casos de infertilidade ligada a doenças genéticas, infecção nos órgãos reprodutivos e disgenesia gonadal. Os exames incluídos foram a análise seminal completa, atividade hormonal, marcadores bioquímicos e testes de função espermática (atividade da enzima intracelular creatina kinase, anticorpos antiespermatozoides, radicais livres de oxigênio e teste de fragmentação de DNA espermático). Regressão logística multifatorial foi realizada para determinar os efeitos do tabagismo, consumo de bebida alcoólica, uso regular de maconha >= 12 meses e sedentarismo em cada um dos exames incluídos no estudo. Análise estatística foi realizada usando o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®) 23.0 (p < 0,05). Nenhum hábito ou estilo de vida modificou substancialmente os parâmetros seminais, concentração sérica de testosterona ou volume testicular na população já infértil. A maconha se associou a menores concentrações de estradiol (P < 0,001; B = - 11,61), e maiores de prolactina (P < 0,001; B = 3,21) e de globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) (P = 0,02; B = 7,49) e maiores valores da razão testosterona/estradiol (T/E2) (P = 0,004; B = 14,03). O tabagismo de carga >= 10 anosmaço está associado com menores concentrações de prolactina (P = 0,03; B = -2,40) e glicemia de jejum (P = 0,04; B = -5,40), enquanto o consumo habitual de bebidas alcoólicas em dose >= 37,2 mL/dia relaciona-se com menores níveis de VLDL (P = 0,03; B = -3,72). O sedentarismo se relaciona a maiores concentrações de prolactina (P = 0,03; B = 1,28) e ferritina séricas (P = 0,02; B = 63,87). Dos hábitos estudados, o consumo regular de maconha por mais de 12 meses provocou efeitos hormonais deletérios à função testicular de homens inférteis. |