Ciência e comunicação - entre Fausto e Frankenstein

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Paza, Alexandre Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-21072009-163008/
Resumo: A Modernidade e a Pós-modernidade, em seus antagonismos produziram discursos de legitimação de projetos os quais deslocam, um em relação ao outro, seus sentidos. Tudo que se moveu neste cenário carregou consigo e se embateu com as ambigüidades e aporias que aí se deram. Assim, portanto, se desenvolveu a Ciência Moderna, expandindo seus campos, legitimando novos discursos ora pela vicariedade, ora baseada na alteridade e ora utilizando a paralogia como recurso. Este é o caso da Ciência da Comunicação que, depois da transição vicariedade/alteridade buscou legitimação discursiva em teorias que substantivassem sua autonomia. Entre elas está a Teoria da Recepção e/ou Teoria da Mediação como vem sendo nomeada. Em Jesús Martín-Barbero os estudos de recepção encontraram vigor para tornar a Ciência da Comunicação não só um discurso científico legítimo, mas também sustentar um projeto de autonomia do pensamento latino americano. Constituído nosso objeto, Dos meios às mediações, obra de Martín-Barbero que referencia o projeto ousado o qual a Comunicação tomou para si, traz, no entanto, uma série de problemas epistemológicos no mapa noturno que desenhou, os quais carecem ser revistos, na medida em que sustentam metodologias empregadas hoje por laboratórios de pesquisa que tomam a recepção como caminho. Dialética, Mediação e Subalternidade, do mesmo modo que os limites do deslocamento da categoria trabalho para a categoria comunicação e os limites da mediação subjetiva, estão no cerne das categorias as quais não prescindem de uma discussão séria a fim de se resolver os problemas de legitimação destes trabalhos empíricos na base da Ciência da Comunicação. Discutir as trajetórias das Ciências, bem como debater sobre as bases epistemológicas do discurso que se pretende autônomo, do mesmo modo, discutir os limites da superação de um pensamento europeu ainda com vitalidade, estão na pauta de nosso trabalho o qual agora submetemos à leitura da comunidade científica.