Caracterização genética e molecular de estreptococos lácticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Santos, Alda Luiza Loureiro dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191220-115516/
Resumo: O presente trabalho foi conduzido com duas finalidades principais: (1) obter uma melhor caracterização de linhagens de estreptococos lácticos, pertencentes à Coleção de Fermentos Lácticos do ITAL e (2) estudar o determinismo genético de um sistema de resistência a bacteriófagos presente em S. cremoris linhagem IL 839, pertencente ã coleção de culturas lácticas do INRA, com o objetivo de cloná-lo. Verificou-se que dentre 124 culturas de bactérias lácticas pertencentes à coleção do ITAL, apenas 17 não cresceram a 23°C durante 18 horas, sendo este o primeiro teste de seleção que se efetua com culturas lácticas mesófilas. Essas culturas resistiram bem às temperaturas de cozimento, sem alteração na sua atividade acidificante e apenas duas linhagens, 166 e 280, liberaram espontaneamente bacteriófagos, não devendo ser uti1izadas em fermentos lácticos. Dentre 58 culturas lácticas pertencentes à mesma coleção, 21 apresentaram perfis de plasmídios diferentes, observando-se, para as restantes, 6 tipos de perfis análogos. Todas as culturas que possuíam perfis distintos mostraram-se lisogênicas, com liberação de profagos após indução com luz ultravioleta. Através do espectro lítico apresentado pelas mesmas em relação a fagos virulencos e aos protagos liberados, pode-se classificá-las em três grupos, a saber: grupo G1 = linhagem 168; grupo G2 = linhagens 307, 309, 16 e 262 e grupo G3 = linhagens 310, 96, 97, 305, 163, 175, 179, 162. Observou-se, ainda, que as culturas 310 e 162 apresentavam sistemas de restrição e modificação de 4 log e 2 log, respectivamente em relação aos fagos 66, 67 e 188 no caso da primeira delas e 66 para a segunda. A linhagem de S. cremoris IL 839, apresentou um sistema de restrição e modificação de 5 log em relação ao fago 8. Verificou-se que esta linhagem possui a 8 plasmídios designados de pIL 20 a pIL 27, com pesos moleculares de 3, 5, 6, 9, 14, 15, 17 e 46 Kb. Utilizando-se o método de protoplastização obteve-se cura de plasmídios, podendo-se determinar que nenhum deles estava relacionado ao sistema de R/M. O plasmídio pIL 21, não curado, foi cotransformado juntamente com um plasmídio indicador pHV 1301, resistente à eritromicina, para uma linhagem de S. lactis IL 1403 desprovida de plasmídios, verificando-se que os cotransformantes também não haviam adquirido o sistema de R/M. Concluiu-se, então, que aquele sistema era codificado por genes localizados no cromossomo. Realizou-se digestão parcial do cromossomo com a enzima de restrição Hpa II, posterior seleção dos fragmentos por tamanho em gradiente de sacarose e ligação dos mesmos a um plasmídio vetor pVA 749Δ possuindo marca de resistência à eritromicina, também linearizado pela mesma enzima. Células de S. lactis IL 1403 transformadas por este DNA recombinante possuíam somente o plasmídio vetor, o qual não consegue se manter dentro daquela linhagem desde que possua uma inserção.