Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Borba, Guilherme Galuppo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-06102021-183842/
|
Resumo: |
Esta pesquisa objetivou contribuir cientificamente com a interdisciplinaridade nas Ciências Sociais Aplicadas, sobretudo entre os Estudos Culturais e o Urbanismo, colocando ênfase no papel da cultura como agente de transformação urbana. Na literatura e na percepção, a dimensão cultural é permeada pela ambiguidade. Se, de um lado, promove a inclusão, transformando o espaço no lócus da pluralidade e da apropriação democrática, por outro, promove a exclusão, transformando a ocupação do solo no espaço da segregação. Para comprovar essa hipótese, os eventos artístico-culturais no espaço livre público (eventos de rua) foram escolhidos como fenômeno cultural inclusivo,sobretudo no âmbito da apropriação do espaço público. A economia criativa, via tendências estético-sensoriais pós-modernas, foi identificada como fenômeno cultural exclusivo, posto que alavanca o consumo especializado, acelera a especulação imobiliária e coopera com a gentrificação. A Região Central de São Paulo constituiu-se como área de estudo a partir da qual as dimensões sociais, culturais e urbanas foram correlacionadas. O distrito da Santa Cecília foi escolhido como territorialidade específica para a coleta de dados sobre a economia criativa. Para o problema teórico-conceitual, aquele que estipula a ambiguidade da cultura, foram consultados documentos bibliográficos e estudos pré-existentes. Depois, pelo caráter interdisciplinar do trabalho, optou-se por um conjunto diverso de instrumentos que ajudassem na comprovação empírica, atendendo às necessidades da obtenção de informação por fontes multifacetadas e adaptáveis ao caso concreto (observação participante, registros iconográficos, mapeamentos, entrevistas e questionários). A análise e interpretação dos dados primários, conjuntamente ao estudo das variáveis de fontes secundárias, apontaram para a confirmação relativa da hipótese: a cultura, pelo prisma dos eventos de rua, é um importante agente de transformação urbana em processos de inclusão socioespacial, embora apresente latência de ambiguidade; por outro lado, sendo um importante intermediário de tendências estético-sensoriais pós-modernas, responsáveis pela construção de paradigmas e modos de vida, a economia criativa transforma o uso e a ocupação do solo, mas não se confirmou como vetor de exclusão socioespacial do caso em tela. O papel excludente da economia criativa é, portanto, apenas uma possibilidade, dentro de tantas outras rugosidades, não sendo de forma alguma uma determinação. |