Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guerra, Guilherme Iolino Troncon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44137/tde-03082020-100748/
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Resumo: |
Ocorrências de sulfetos polimetálicos foram descobertas na região centro-sul do estado de Rondônia, associadas a rochas metassedimentares do Grupo Nova Brasilândia (porção sudoeste do Cráton Amazonas). Essas ocorrências se dão geralmente na forma de brechas hidrotermais ou hospedadas em xistos e paragnaisses sulfetados da Formação Migrantinópolis. O contexto climático no qual elas se encontram (região amazônica, clima tropical úmido) favorece o desenvolvimento de espessos mantos de intemperismo. Gossans são frutos da ação do intemperismo químico sobre rochas sulfetadas, e são compostos essencialmente por óxidos e hidróxidos de ferro e quartzo, os quais são frequentemente muito finos e malformados, e portanto, de difícil identificação. Em geral, as ocorrências podem apresentar texturas típicas (boxwork, iridescência) e proporções relativamente altas para determinados elementos químicos (Zn, Pb, Cu, Ni, As, P, S), porém em alguns casos o metamorfismo ou a contínua atuação do intemperismo obliteram essas características, o que dificulta o reconhecimento da rocha parental. Crostas lateríticas (sem relação com rochas ricas em sulfetos) também são comuns na região de estudo, e podem eventualmente apresentar algumas características semelhantes aos gossans (textura, mineralogia, coloração etc). Técnicas como a espectroscopia de reflectância (ER) e a difração de raios-X (DRX) podem auxiliar no reconhecimento dos minerais que compõe a rocha, permitindo uma classificação litológica precisa. A espectroscopia de reflectância baseia-se no estudo da interação entre a energia eletromagnética, em comprimentos de onda específicos, e a superfície dos materiais analisados. Os comprimentos de onda investigados abrangem as regiões do espectro eletromagnético do visível (V), infravermelho próximo (NIR) e infravermelho de ondas curtas (SWIR) e permitem a identificação de minerais presentes em uma rocha a partir da análise de suas assinaturas espectrais (posição e forma das feições de absorção). Através de análises por ER, complementadas por análises de difração de raios-X em algumas amostras, foi possível reconhecer a mineralogia específica dos gossans, lateritos, e rochas metassedimentares intemperizadas, e diferenciá-los com maior assertividade, uma vez que apresentam diversas semelhanças texturais e mineralógicas. Os gossans da região estudada são compostos por quartzo + goethita (± hematita), os lateritos apresentam quartzo + hematita + goethita + caulinita (± halloysita) e as rochas metassedimentares intemperizadas têm quartzo + muscovita + hematita + goethita (± montmorilonita). O estudo das assinaturas espectrais se mostrou útil para a identificação de gossans e lateritos, e os resultados alcançados podem auxiliar na prospecção de novas ocorrências de metais-base. |