Variabilidade genética e endogamia em duas populações de milho (Zea mays L.) contrastantes para teor de óleo

• Ano de defesa: 1986
• Autor(a) principal: Zanotto, Maurício Dutra
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ENDOGAMIA; MILHO; POPULAÇÕES VEGETAIS; TEOR DE ÓLEO; VARIAÇÃO GENÉTICA EM PLANTAS
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220208-004134/

Com o objetivo de se avaliar os efeitos da seleção para maior tamanho do embrião, visando o aumento da porcentagem de óleo e suas interrelações com a produtividade de grãos, estimaram-se os parâmetros genéticos e os efeitos de uma geração de autofecundação, em progênies de meios irmãos e S1 de uma mesma planta S0 de duas populações de milho. As populações estudadas foram derivadas ao "Composto Flint" ou ESALQ VF-1. A população denominada no presente estudo de 01 foi obtida através de três ciclos de seleção entre e dentro de progênies de meios irmãos, para produtividade dos grãos e a população 02 ou ESALQ VF-1 embrião grande, foi obtida através de cinco ciclos de seleção entre progênies de meios irmãos para produtividade e dentro de progênies para maior tamanho do embrião. As progênies foram avaliadas separadamente para cada população, através do delineamento experimental em látices plantado em faixas. Para as estimativas dos parâmetros genéticos, foram utilizados os dados das progênies de meios irmãos. Embora as médias das progênies S1 fossem sempre inferiores as médias das progênies de meios irmãos, a análise através do teste F não permitiu, ao nível de 5% de probabilidade, se detectar os efeitos da depressão por endogamia na média das características avaliadas exceto para porcentagem de óleo na população 02. As estimativas das variâncias genéticas entre progênies S1 foram superiores as estimativas das variâncias entre progênies de meios irmãos com exceção da característica peso de espigas despalhadas na população 01 e da característica altura da espiga na população 02. As estimativas da herdabilidade e dos coeficientes de variação genética foram inferiores aos resultados descritos na literatura para a característica porcentagem de óleo nos grãos para as duas populações utilizadas. A população 01 apresentou estimativa da herdabilidade para peso de espigas despalhadas considerada alta 76,76%, enquanto que esta estimativa na população 02, foi considerada baixa 15,76%. As médias das progênies de meios irmãos e S1 para porcentagem de óleo, foram respectivamente 5,31% e 5,19% para a população 01, e 6,21% e 5,63% para a população 02. Para peso de espigas na população 01, as médias foram 4,68 e 2,91, e para a população 02 foram iguais a 4,05 e 2,77 kg/5m2. Os coeficientes de correlação genética aditiva entre as características peso de espigas e porcentagem de óleo foram de -0,37 e 0,12 para as populações 01 e 02, respectivamente. Concluiu-se que a seleção efetuada na população 02, para aumento do tamanho do embrião, foi efetiva para elevar a porcentagem média de óleo e também para quebrar a correlação genética negativa entre as características de peso de espiga e teor de óleo, porém restringiu drasticamente a variabilidade para essa característica.