Aspectos relacionados à anemia ferropriva e baixa reserva de ferro em crianças submetidas a palatoplastia primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Chedid, Raquel Garcia De Rosis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-29032021-145304/
Resumo: Sabe-se que as fissuras labiopalatinas (FLP) e a anemia ferropriva constituem importantes problemas de saúde pública envolvendo a população pediátrica. O estado nutricional deficitário e o baixo nível socioeconômico são aspectos comuns envolvidos nestas duas patologias, muito prevalentes mundialmente. Considerando que os indivíduos portadores de fissuras de palato representam um grupo possivelmente mais vulnerável à deficiência de ferro e à anemia ferropriva (devido às suas dificuldades alimentares peculiares) e que, ainda, sofrerão procedimento(s) cirúrgico(s) corretivo(s) com perdas sanguíneas, o objetivo do presente estudo foi apontar a prevalência da deficiência de ferro e da anemia ferropriva no momento do pré-operatório de crianças submetidas a palatoplastia primária, bem como a diminuição de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht) após a cirurgia, correlacionando os resultados a outros aspectos como, por exemplo, uso de ferro profilático e tipo de técnica cirúrgica envolvida. Para tal análise, foram selecionadas, conforme critérios previamente estabelecidos, 52 crianças, entre 06 meses e 03 anos de idade, sem síndromes ou outras anomalias associadas, portadoras de fissuras palatinas (incluindo fissuras pós forame incisivo completas ou incompletas e fissuras transforame incisivo unilaterais ou bilaterais), atendidas no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, da Universidade de São Paulo (HRAC USP), campus de Bauru (SP - Brasil), durante suas consultas ambulatoriais para programação cirúrgica da palatoplastia primária. Os resultados revelaram que 73,1% das crianças apresentavam baixa reserva de ferro (em alguma de suas fases), no pré-operatório, sendo que 59,6% tinham apenas a deficiência de ferro (ainda sem anemia), enquanto que 13,5% já estavam anêmicas pela falta de ferro. De um total de 45 crianças sem anemia no pré-cirúrgico, 68,9% já tinham diagnóstico de deficiência de ferro e 66,7% apresentaram anemia após a palatoplastia. Dentre os 30 pacientes não anêmicos no pré-operatório e que desenvolveram anemia no pós operatório, 22 (70,9%) já apresentavam a deficiência de ferro. Não houve diferençaestatisticamente relevante entre suplementação de ferro profilático e a presença de anemia ou deficiência de ferro, no pré-operatório; bem como entre o tipo de técnica cirúrgica (Sommerlad ou Von Langenbeck modificada) e/ou uso de incisão liberadora na palatoplastia e o desenvolvimento de anemia, no pós operatório.