"Estudo temporal do efeito da administração de tungstato de sódio sobre alguns parâmetros de glândulas salivares e saliva de ratas diabéticas"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Leite, Mariana Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23140/tde-28082006-183554/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo avaliar a influência da administração do tungstato de sódio (2 mg/ml) num período de 6 semanas sobre alguns parâmetros de parótida, submandibular e saliva de ratas diabéticas induzidas por estreptozotocina. Os grupos estudados foram divididos em controle (C), controle tratado com tungstato de sódio (CT), diabético (D) e diabético tratado (DT). Os parâmetros estudados foram o metabolismo energético, a composição protéica das glândulas e de saliva total estimulada por pilocarpina e isoproterenol, bem como a via de secreção de proteínas. No metabolismo energético foi determinada a concentração de glicogênio e a atividade enzimática da hexoquinase, fosfofrutoquinase-1, piruvato quinase, glicose-6-fosfato desidrogenase, lactato desidrogenase. Foram determinadas a concentração de proteína total, a atividade enzimática da amilase e peroxidase e o teor de ácido siálico em glândulas salivares e saliva. A via de secreção de proteínas foi estudada pela avaliação da expressão de proteína quinase C por western blot. Os resultados obtidos confirmam o potencial hipoglicemiante do tungstato de sódio, bem como sua ação no controle da polifagia, da polidipsia e do peso corporal e glandular. A concentração de glicogênio sofreu um incremento nos grupos diabéticos e o tratamento com tungstato de sódio potencializou esse aumento nas glândulas salivares. A glândula parótida sofreu um aumento de alguns parâmetros da via glicolítica e de sua composição protéica nas semanas iniciais do estudo, com normalização nas semanas finais. O tungstato se mostrou efetivo no controle da atividade de peroxidase em glândulas salivares, com efeitos pouco significativos sobre os demais parâmetros estudados. Os animais diabéticos apresentaram um aumento da proteína total em saliva, porém nenhuma diferença foi observada na atividade da amilase e peroxidase. O tungstato de sódio potencializou o aumento da concentração de proteínas causado pelo diabete além de reduzir a atividade da amilase na saliva dos animais controle e diabético tratados. A glândula submandibular de ratos diabéticos sofreu uma estimulação na expressão de PKC ativa e inativa após uma semana experimental, além de uma alteração do perfil das isoformas da enzima, o tungstato de sódio potencializou esse aumento. Conclusão: O papel do tungstato de sódio no restabelecimento do metabolismo energético não foi observado em parótida e submandibular, mostrando que esse composto não modifica o metabolismo de tecidos periféricos como as glândulas salivares. A ação do tungstato de sódio sobre a atividade da peroxidase em glândulas salivares indica que esse composto pode atuar como auxiliar no sistema antioxidante no organismo. O tungstato de sódio potencializa uma das vias de secreção de saliva pelo estímulo da PKC.