Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos Junior, Nilton Gonçalves dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-22062023-152508/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: O comportamento evolutivo dos fenótipos de asma ou das variáveis que individualmente ou em associação estão relacionadas à sua gravidade, não está definitivamente estabelecido. O presente estudo avaliou a taxa de perda de função pulmonar e a qualidade de vida de pacientes com asma grave, em acompanhamento regular e terapia adequada, após 12 anos de seguimento; avaliou fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de obstrução persistente ao fluxo aéreo; comparou a evolução clínica, inflamatória e funcional entre diferentes fenótipos, dessa população. MÉTODOS: Os pacientes foram selecionados do ambulatório de asma, pertencentes à coorte BRASASP. Foram avaliados o controle clínico, a função pulmonar, incluindo medidas de pequenas vias aéreas, o perfil inflamatório e a qualidade de vida. RESULTADOS: Sessenta pacientes, acompanhados desde 2005, compunham a coorte original, a qual tinha sido submetida a extensa avaliação prévia há 12 anos. Destes, 5 (8,3%) faleceram de causas cardiovasculares e 5 (8,3%) perderam o seguimento. Então, um total de 50 pacientes foi incluído no presente estudo, dos quais 35 (70%) eram mulheres. Após 12 anos de seguimento, a maioria das variáveis clínicas, como controle clínico, dose do corticóide inalatório e índice de massa corpórea não sofreram alterações. Cerca de 1/3 dos pacientes eram controlados previamente, proporção que se manteve até o momento. Por outro lado, os episódios de exacerbações da asma diminuíram significativamente, além da redução importante de uso de corticóide oral. Já o percentual de comorbidades aumentou, com significância para rinite e doença do refluxo gastroesofágico. Houve piora significativa nos parâmetros de função pulmonar, com um aumento expressivo de pacientes com obstrução persistente e pequenas vias aéreas globalmente afetadas. O perfil inflamatório dos pacientes melhorou, sendo observada uma redução significativa na porcentagem de eosinófilos e neutrófilos no escarro, menor nível de IgE e manutenção dos níveis de óxido nítrico exalado. Os 3 fenótipos escolhidos para análise da evolução foram baseados no perfil funcional dos pacientes: ausência de obstrução persistente, obstrução persistente moderada e obstrução persistente grave, com um aumento dos dois últimos ao longo do tempo e associação direta com nível de óxido nítrico exalado e quantidade de neutrófilos no escarro prévios. Observou-se grande melhora na qualidade de vida em 62% dos pacientes avaliados, associada inversamente à quantidade de eosinófilos no escarro e diretamente com o controle clínico. CONCLUSÕES: Após 12 anos de seguimento, os pacientes evoluíram com controle clínico e dose de corticóide inalatório inalterados, mas com diminuição do uso de corticóide oral e dos espisódios de exacerbações, além de melhora no perfil inflamatório. A função pulmonar piorou ao longo do tempo, com maior evolução para fenótipos com obstrução persistente, associada a maiores níveis de óxido nítrico exalado e neutrófilos no escarro. Por fim, a qualidade de vida melhorou significativamente em pelo menos 2/3 dos pacientes, associada a menor quantidade de eosinófilos no escarro e controle clínico |