Expressão de moesina e podoplanina no câncer de boca e sua relação com o processo de invasão tumoral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Barros, Francisco Barbara Abreu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25150/tde-17072014-094006/
Resumo: A proteína moesina, uma das proteínas do complexo ERM (ezrina, radixina e moesina), participa do processo de migração de células tumorais controlando a ligação entre o citoesqueleto de actina e os receptores transmembrana. As proteínas ERM vêm sendo investigadas como ligantes de outras glicoproteínas, como a podoplanina, cuja expressão é encontrada em células malignas de diversas neoplasias, incluindo o carcinoma espinocelular (CEC) de boca. O objetivo desse estudo foi avaliar as expressões imuno-histoquímicas da moesina e da podoplanina pelas células malignas no front de invasão de 84 pacientes com CEC de boca e suas associações com a evolução clínica e com o prognóstico dos pacientes. A associação entre a expressão imuno-histoquímica da moesina e da podoplanina pelas células malignas e as variáveis demográficas, clínicas e microscópicas foi avaliada pelo teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher. As análises de sobrevida global e livre de doença em 5 e 10 anos foram calculadas pelo estimulador produto-limite de Kaplan-Meier e a comparação das curvas de sobrevida realizada pelo teste de log-rank. Os resultados mostraram que houve expressão da moesina pelas células malignas na região do front de invasão tumoral, entretanto, nenhuma associação estatisticamente significativa foi encontrada entre esta proteína e as características clínicas, demográficas e microscópicas. A expressão da podoplanina, pelas células malignas, foi significativamente associada à radioterapia (p=0,004), à invasão muscular (p=0,006) e ao comprometimento linfonodal (p=0,013). Não houve associação significativa entre a expressão das duas proteínas nos CECs de boca (p=0,460). A forte expressão da moesina pelas células malignas constituiu um fator de prognóstico desfavorável para os pacientes com CEC de boca e estadiamento clínico II e III. O comprometimento linfonodal histopatológico também se mostrou fator de prognóstico significativo para a recidiva da doença (p=0,018). Estes resultados sugerem que a expressão de moesina, pelas células malignas juntamente com o comprometimento linfonodal pode contribuir para determinar os pacientes com CEC de boca que apresentam um pior prognóstico. Além disso, verificamos que as proteínas moesina e podoplanina se expressam pelas células neoplásicas nos CEC de boca mas não parecem estar associadas no processo de invasão tumoral.