Caracterização hidrológica de uma microbacia hidrográfica da Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga, ESALQ/USP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Scardua, Fernando Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-125425/
Resumo: O presente estudo constituiu da análise de 3 anos de dados hidrológicos obtidos desde abril de 1991 em uma microbacia localizada no Município de Itatinga, São Paulo. A referida microbacia denominada de Tinga, faz parte da bacia do Córrego Potreirinho, a qual também delimita a área da Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. A microbacia Tinga possui uma área de 68,2 ha. O clima da região é do tipo Cfa na classificação de Köppen. A temperatura média de 19,4 ºC e a precipitação média anual gira em torno de 1635mm. A microbacia encontra-se inteiramente coberta por rebrota de reflorestamento de Eucalyptus saligna, cujo plantio foi feito a cerca de 42 anos. A precipitação foi medida através de 2 pluviômetros e 1 pluviógrafo instalados na microbacia. Para a medição da vazão, utilizou-se de uma calha tipo “H” de 45 cm, pré-fabricada em metal, a qual foi assentada na parte final de uma seção artificial retilínea de controle, cerca de 2 metros de comprimento, construída em alvenaria ao longo do canal. A variação da altura da lâmina d'água, por sua vez, foi monitorada continuamente através de um linígrafo modelo Stevens de rotação semanal, instalado em um poço tranquilizador acoplado à calha. Além da precipitação e da vazão, durante o período da chuva e do deflúvio, para fins de análises da qualidade da água e quantificação da ciclagem geoquímica dos nutrientes Ca++, Mg++, Fe++, Na+ e K+. A partir de novembro de 1993 foram instaladas, também, baterias de piezômetros dispostos em transectos perpendiculares ao riacho, com a finalidade de monitorar a flutuação do lençol freático na zona ripária da microbacia, a distâncias crescentes a partir do riacho. Em termos médios, para os três anos do período experimental, o balanço hídrico da microbacia mostrou os seguintes valores: Precipitação de 1.635mm e deflúvio de 551mm. Desconsiderando-se as variações de armazenamento, verifica-se, portanto que a evapotranspiração média anual para o período experimenal foi de 1084mm, reprensentando 66,3% da precipitação média anual. Com relação à qualidade da água, os resultados mostraram que os valores das concentrações da água do deflúvio foram maiores que as da água da precipitação para Ca++, Mg++, Fe++e Na+ e o K+ apresentou valores idênticos para a água da precipitação e deflúvio. Já os parâmetros físicos turbidez e cor apresentaram alta variabilidade temporal para ambas, com excessão do pH e da condutividade elétrica, que se mostraram inalterados durante o período estudado. Os sedimentos em suspensão na água do deflúvio totalizaram perdas médias da ordem de 0,285t/ha/ano, em termos médios para o período. O balanço geoquímico de nutrientes, por outro lado, mostrou os seguintes resultados, relativamente ao confronto entre entrada de nutrientes pelas chuvas e perda pelo deflúvio, em termos médios anuais em Kg/ha/ano: Ca++:-0,78, Mg++:-1,16, Fe++:-1,2, Na+:-0,27 e o K+:+2,2. Devido o número reduzido de anos, as tentativas de calibração da microbacia, utilizando-se de regressões múltiplas, presentaram baixos coeficientes de determinação, sugerindo a necessidade de se prolongar as medições durante mais alguns anos, até que se consiga um melhor ajuste dos dados.