Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pilli, Luís Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-17122012-161621/
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Resumo: |
O comportamento do consumidor é uma área de conhecimento que recebe contribuições de diversas ciências, como a economia e a psicologia, entre outras. Julgamento e decisão, no contexto de comportamento do consumidor, é uma disciplina que se interessa pela forma como o consumidor processa informações e realiza julgamentos que resultam em escolhas. Esta dissertação procura fazer uma revisão de influências dessas ciências sobre julgamento e decisão. A teoria econômica do consumidor é desenvolvida a partir de um conjunto normativo de axiomas que asseguram um processo de maximização de utilidade esperada. A psicologia elabora teorias descritivas a partir de observações empíricas que demonstra violações sistemáticas das teorias normativas e procura identificar os processos cognitivos presentes no processo de julgamento e escolha. A explicação geral da psicologia cognitiva para as falhas sistemáticas dos axiomas da teoria da utilidade esperada é a limitação cognitiva do ser humano. A pesquisa empírica realizada neste trabalho inclui um planejamento experimental de escolhas repetidas para testar violações da teoria de utilidade esperada. Esse planejamento experimental permite estudar o tempo de escolha, a propensão a não escolher e a precisão da decisão como função de variações na quantidade de informação presente no ambiente de escolha e de um traço de personalidade - need for cognition - que mede a satisfação obtida por um indivíduo na solução de situações que exijam raciocínio. Os resultados sugerem a presença de efeitos comportamentais no processo de decisão, mas não são suficientes para comprovar falhas sistemáticas nos axiomas da teoria econômica do consumidor. O traço de personalidade modera o processo de decisão. Indivíduos com presença marcante dessa característica tendem a usar mais tempo no processamento de informações. Eles também respondem de forma mais intensa ao aumento na quantidade de informações e dão sinais de esgotamento de recursos cognitivos antes dos demais. Esses indivíduos apresentam maior propensão a não escolher. Isso provavelmente deriva de estruturas de preferência mais definidas que provocam maior nível de exigência no momento da decisão. Os consumidores em questão tendem a reduzir a propensão a não escolher diante de cenários com maior quantidade de informação. Porém, essa tendência se desfaz quando a quantidade de informação ultrapassa determinado ponto. Em suma, a extensão da literatura sobre o tema e a vastidão de abordagens empíricas vislumbradas abrem um rol de oportunidades para a continuidade de pesquisa nesta matéria. |