Estudo da correlação entre patologia amiloide cerebral e sintomas neuropsiquiátricos entre indivíduos com 50 anos ou mais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Saldanha, Nanci Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-31032022-162126/
Resumo: INTRODUÇÃO: Depressão é um sintoma frequentemente observado em pacientes com demência. Este estudo analisou a associação entre a patologia -amiloide, observada na doença de Alzheimer com transtorno depressivo maior (TDM) ao longo da vida e sintomas depressivos recentes em uma amostra de indivíduos submetidos à autópsia. MÉTODOS: foram incluídos 1.013 indivíduos com mais de 50 anos provenientes de um estudo de base populacional submetidos à autópsia no Serviço de Verificação de Óbitos de São Paulo. A carga de patologia -amiloide foi avaliada de acordo com o critério do Consortium to Establish a Registry for Alzheimers Disease (CERAD) que avalia a densidade das placas neuríticas no néocortex. O TDM ao longo da vida foi definido quando houve pelo menos um episódio anterior de acordo com o Structured Clinical Interview for Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - DSM (SCID). Sintomas depressivos recentes e comprometimento cognitivo foram determinados usando pontuação acima de zero no item de depressão do Inventário Neuropsiquiátrico (D-NPI>0) e pontuação acima de meio na escala de avaliação clínica de demência (CDR>0,5) respectivamente. A depressão de início tardio foi considerada quando o primeiro episódio depressivo ocorreu a partir dos 60 anos. RESULTADOS: A amostra foi composta predominantemente por mulheres com média de idade 74.3 ± 11.6 anos e 49% homens. O TDM ao longo da vida, depressão de início tardio e sintomas depressivos recentes estavam associados a comprometimento cognitivo (p<0,001). A presença moderada ou frequente de placas neuríticas foi associada a comprometimento cognitivo (p<0,001). A presença moderada ou frequente de placas neuríticas moderada ou frequente não estava associada a TDM, depressão de início tardio ou sintomas depressivos recentes após regressão logística com ajustes para idade, sexo e comprometimento cognitivo CONCLUSÕES: diferentes representações clínicas de depressão foram associadas à demência nesta grande amostra comunitária de indivíduos com 50 anos ou mais submetidos à autópsia. Apesar disso, a depressão não foi relacionada à carga de patologia -amiloide. A ligação entre depressão e demência nesta amostra parece ser determinada por outros fatores que não a patologia-amiloide