Influência do treinamento aeróbico realizado em diferentes fases do dia sobre a função vascular de idosos hipertensos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Azevêdo, Luan Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-11112024-150852/
Resumo: O treinamento aeróbico é recomendado como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial e seu efeito hipotensor tem sido atribuído, em parte, à influência desse treinamento melhorando a função vascular. Em um estudo anterior, demonstramos maior redução da pressão arterial (PA) e da resistência vascular periférica quando o treinamento aeróbico foi realizado ao final do dia em comparação com o treinamento realizado pela manhã, sugerindo uma influência da fase do dia em que o treinamento é realizado sobre os mecanismos vasculares de regulação da PA. No entanto, essa influência ainda não foi investigada. Dessa forma, este estudo foi desenhado para comparar os efeitos do treinamento aeróbico realizado em diferentes fases do dia (manhã, TM 7-10h e final do dia, TFD 17-20h) sobre a função vascular e a PA em idosos hipertensos medicados. Para isso, 46 idosos com hipertensão arterial (23 mulheres) e em uso mantido de medicamento anti-hipertensivo foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: TM (n=16), TFD (n=15) e controle (CO, n=8 e n=7, para manhã e final do dia, respectivamente). No início do estudo e após 10 semanas de intervenção, foram avaliadas: PA (auscultatória), débito cardíaco e resistência vascular periférica (reinalação de CO2), espessura da parede e rigidez da artéria carótida (ultrassonografia), condutância vascular e função endotelial da artéria braquial (ultrassonografia) e biodisponibilidade de óxido nítrico (nitrito e nitrato). No período de intervenção, os grupos de treinamento pedalaram em cicloergômetro, 3 vezes/semana, por 45 min em intensidade moderada, enquanto o grupo CO fez sessões de 30 min de alongamento. Os dados foram analisados por ANOVAs mistas de 2 fatores, considerando p0,05 como significante. Os dados foram coletados antes e após a pandemia da COVID-19. Como resultado, foi observado que, independentemente do grupo, apenas a PA sistólica medida na posição sentada diminuiu (TM= -4,7 ±10,7, TFD= -2,3 ±11,2 e CO= -5.5 ±16,8 mmHg, Pfase=0,037) e a dilatação mediada por fluxo aumentou (TM= +1,1 ±2,3, TFD= +1,7 ±2,5 e CO= +0,2 ±4,1 %, Pfase=0,030) significantemente do início para o final do estudo. As demais variáveis foram semelhantes entre os grupos e não se modificaram significantemente do início para o final do estudo em nenhum grupo (todos P>0,05). Em conclusão, 10 semanas do treinamento aeróbico proposto, quer realizado pela manhã ou ao final do dia, não reduziu a PA e não modificou a função vascular de homens e mulheres idosos hipertensos e medicados