Remoção da adstringência e armazenamento refrigerado de frutos de caquizeiro (<i>Diospyros kaki</i> L.) cv. Giombo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Antonioli, Lucimara Rogéria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-20210918-201305/
Resumo: Foram realizados dois experimentos nos quais se buscou avaliar a vida útil pós-colheita de frutos de caquizeiro (<i>Diospyros kaki</i> L.) cultivar Giombo submetidos ao processo de remoção da adstringência, mediante a exposição ao vapor de álcool etílico. No primeiro experimento procurou-se estudar o efeito de diferentes períodos de exposição dos frutos ao vapor de etanol (24, 36 e 48 horas), sob temperatura de 20°C e 95% UR. No segundo experimento procurou-se avaliar o efeito da utilização de embalagem de polietileno (0,06mm) no acondicionamento dos frutos durante diferentes períodos de armazenamento refrigerado (30, 60 e 90 dias), onde manteve-se temperatura de 1°C e umidade relativa entre 95 e 98%. Ao término de cada período de armazenamento os frutos foram expostos ao vapor de álcool etílico durante 40 horas, sob temperatura de 20°C e 95% UR As variáveis analisadas, para ambos os experimentos, foram: teor de taninos solúveis, firmeza da polpa, perda de matéria fresca, pH, sólidos solúveis totais, acidez total titulável e teor de ácido ascórbico. De acordo com os resultados obtidos no primeiro experimento, os períodos de 24 e 36 horas demonstraram ser igualmente eficientes no processo de remoção da adstringência dos frutos; no entanto, a avaliação dos demais parâmetros indicou melhor qualidade dos frutos quando expostos durante o período de 24 horas. Constatou-se uma diminuição linear na firmeza da polpa em função do tempo. O melhor período para consumo dos frutos situou-se entre o 4° e 8° dia após o tratamento, considerando-se que a partir do 4° dia a concentração de taninos solúveis ficou abaixo de 0,1%, imperceptível ao paladar, e a firmeza da polpa dos frutos se manteve aceitável durante o período de oito dias posteriores ao tratamento. No segundo experimento verificou-se que os frutos mantiveram a qualidade durante os primeiros 30 dias de armazenamento, apresentando, aos 60 dias, redução na qualidade comercial decorrente da aparência pouco atrativa e da baixa firmeza de polpa. A utilização da embalagem de polietileno (0,06mm) não apresentou eficiência na remoção total da adstringência dos frutos, havendo necessidade de um tratamento adicional para completar a destanização. Frutos armazenados por 30 dias e submetidos ao vapor de álcool etílico tomaram-se não adstringentes após três dias do tratamento, no entanto, a firmeza insuficiente da polpa associada à elevada perda de matéria fresca tornou os frutos pouco aceitáveis comercialmente.