Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Abdulkader Filho, Inacio Pedro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-18082009-160102/
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Resumo: |
O presente estudo enfoca o trabalho tradutório de Franz Rosenzweig, que esse autor considerava um dos melhores exemplos de aplicação prática do sistema filosófico apresentado em sua obra maior, A Estrela da Redenção. Entender de que forma uma prática de tradução pode constituir-se em aplicação de uma filosofia tão densa e carregada de noções teológicas, bem como compreender de que maneira o minimalismo das inovadoras técnicas de tradução de Rosenzweig (que chegam a levar em conta aspectos de nível fisiológico do leitor) pode propiciar que sejam alcançados objetivos tão grandiosos quanto o preservar-se na tradução o potencial de Revelação do texto original, são alguns dos objetivos deste estudo. Na busca de superar-se uma dicotomia que é, indevidamente, pouco notada na obra de Rosenzweig, e também para se dar conta de uma certa confusão de categorias teológico-filosóficas com categorias lingüísticas, confusão essa que dificulta o trabalho de quem está voltado primordialmente a aspectos de seu trabalho de tradução, Rosenzweig é posto em diálogo principalmente com Bakhtin e Benjamin, mas também com Meschonnic. Assim, o enigmático potencial de Revelação do texto original a ser preservado na tradução vai sucessivamente se aclarando através de noções tais como a responsividade do enunciado em Bakhtin, a palavra que é resposta e a tempestividade na enunciação no próprio Rosenzweig, e o ritmo ou a oralidade do texto em Meschonnic. O passo decisivo que nos leva a concluir que o que está em jogo nessa tradução dialógica de Rosenzweig é um traduzir de vivências na língua, é dado através da noção de intensividade na linguagem [ou, na(s) língua(s)] que é aqui reconhecida e desenvolvida a partir da grande proximidade entre as filosofias de Bakhtin, Rosenzweig e Benjamin. Essa proximidade central e profunda entre as filosofias desses três autores, e que talvez não tenha sido devidamente aquilatada até aqui, é igualmente apresentada e argumentada neste trabalho. Finalmente, essas técnicas tradutórias que se voltam para vivências autorizam ainda duas conclusões, uma acerca desse traduzir, a outra acerca da natureza da linguagem e das línguas: 1) a atitude tradutória de Rosenzweig configura um bartheano writerly turn in translation; 2) é no plano da intensividade na linguagem (e não no da referência), ou seja, é a partir de vivências na língua tais como, p. ex., a da percepção do que há de polissêmico numa homofonia, que se dá o sentimento de pertença de uma língua (nativa ou não). É a partir disso que uma língua se torna para mim uma língua minha, e para uma comunidade ou para um povo uma língua nossa. |