Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Veridiana Domingos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-22092020-200439/
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Resumo: |
As investigações aqui reunidas se encaixam no âmbito da Sociologia da Memória (mais amplamente Sociologia do Conhecimento). Para tal, partimos de uma abordagem relacional, processual e interpretativa-hemenêutica. Discutimos processos de rememoração e de formação identitária entre ex-internos de uma instituição para menores abandonados e em conito com lei. O estudo da memória e identidade, como fenômenos bio-psico-sociais imbricados, precisa levar as descobertas de outras áreas do conhecimento. Nesse sentido, diálogos com as Ciências Cognitivas e Filosoa da Mente foram aqui considerados. A tese se centra em três discussões principais. A primeira parte da tese retoma aspectos sociais, históricos e jurídicos acerca da institucionalização precoce, do abandono e do estigma. A segunda parte da tese se dedica a discutir questões ontológicas e epistemológicas da memória a m de propor uma síntese teórico-metodológica que possa analisar os processos mnemônico-identitários no curso temporal. Essa discussão considera condições contemporâneas acerca do impacto e papel de tecnologias sociais na sociabilidade e na produção de conhecimento. A dimensão micropolítica dos processos mnemônico-identitários é entendida a partir das dinâmicas de validação dentro da rede de ex-internos pesquisada. A terceira parte do trabalho faz uma análise de relatos e narrativas sobre o passado institucional de ex-internos que frequentaram uma unidade de internação no interior de São Paulo, entre as décadas de 1940 e 1990. Para tal, apresentamos uma análise processual, multidados e multimétodos (etnograa, netnograa, entrevista em profundidade, entrevista coletiva e análise de redes a partir da extração de dados textuais em redes sociais) a m de compreender como se dão os processos colaborativos de reconstrução do passado e de reconstrução de si no curso temporal e quais os sentidos atribuídos pelos ex-internos do longo do tempo. Vericamos uma política da memória que privilegiou a validação de certas versões sobre o passado em detrimento de outras. Com isso, vericamos o mútuo ajustamento de entendimentos sobre o passado comum organizados em narrativas biográcas que atendem a regimes emocionais especícos, marginalizando e silenciando, assim, entendimentos contraditórios aos validados na rede de ex-internos. |