Correlação entre inclinação dentária vestíbulo-lingual e espessura óssea alveolar em indivíduos com deformidade dentofacial de classe III

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sendyk, Michelle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23151/tde-04072013-163637/
Resumo: Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de identificar as inclinações dentárias vestíbulo-linguais dos dentes superiores e inferiores e as espessuras ósseas alveolares maxilo-mandibulares em indivíduos com deformidade dentofacial de classe III e comparar com indivíduos com oclusão normal para verificar, a partir da correlação entre estas duas variáveis, se o processo natural de remodelação óssea provê uniformidade da espessura óssea, ou se a mesma varia em torno das raízes em função da inclinação dentária. A amostra constituiu-se de 70 indivíduos adultos, 35 com face equilibrada e oclusão normal, e 35 com deformidade dentofacial de classe III, não tratados ortodonticamente e com saúde periodontal. A partir de imagens tridimensionais geradas por exames de tomografia computadorizada de feixe cônico, foram mensuradas as inclinações vestíbulo-linguais de todos elementos dentários e as espessuras ósseas alveolares maxilo-mandibulares em três alturas diferentes (3, 6 e 8 milímetros) a partir da junção amelocementária por meio do programa Dolphin 3D®. O erro do método foi avaliado por meio das correlações intraclasses e pela fórmula de Dahlberg. O teste de Correlação de Pearson foi utilizado para verificar a relação entre inclinação dentária e espessura óssea. As espessuras médias nas alturas de 3 e 8 milímetros e as inclinações foram comparadas entre os dois grupos com uso de testes t-Student. As medidas apresentaram alta reprodutibilidade. A região alveolar correspondente ao canino superior apresentou-se mais delgada e a palatina dos incisivos centrais superiores mais espessa. Na mandíbula, as maiores medidas de espessura óssea alveolar foram observadas na região disto-vestibular do segundo molar inferior. Os dados observados mostram valores menores das medidas avaliadas na altura de 3 mm da junção amelocementária, para ambos grupos estudados. Nos indivíduos com oclusão normal, as maiores inclinações foram observadas nos incisivos e estes valores foram diminuindo progressivamente em direção posterior. Nos indivíduos com deformidades dentofaciais de classe III, as maiores inclinações foram observadas nos incisivos superiores e nos caninos inferiores e as menores inclinações foram observadas nas raízes vestibulares dos segundos molares inferiores. Em relação à comparação entre os grupos estudados, os segundos prémolares, incisivos laterais e os incisivos centrais superiores apresentaram maiores inclinações e os segundos molares, primeiros pré-molares e incisivos laterais e centrais inferiores apresentaram-se menos inclinados nos indivíduos classe III. Todas as espessuras médias em 3 mm foram estatisticamente menores nos indivíduos classe III em relação aos indivíduos com oclusão normal, e a maioria das espessuras avaliadas em 8 mm apresentou menor valor nos indivíduos classe III. Além disso, nos indivíduos classe III, foram encontradas mais correlações estatisticamente significativas positivas entre inclinação e espessura nos dentes inferiores, enquanto que nos indivíduos com oclusão normal, foram encontradas poucas correlações estatisticamente significativas entre estas duas variáveis.